sexta-feira, 31 de julho de 2009

Cidade de Deus


O melhor filme da nova geração do cinema nacional facilmente, o único que conseguiu aliar a estética publicitária com intensidade cinematográfica que estava faltando à nova safra. Ele tem o apuro técnico dos filmes do Walter Salles ou da Conspiração filmes, mas com uma crueza e verdade que remete a obras como Pixote. O filme faz um discurso sério e mostra uma realidade chocante mas ao mesmo tempo embala o público com uma história e personagens cativantes, em um visual moderno que funciona perfeitamente com o estilo do filme.

É uma espécie de Snatch - Porcos e Diamantes misturado com Amores Brutos, mas sem tentar ser nenhum desses filmes.

E achei melhor que ambos, o que me deixou bastante emocionado pois são dois filmes que gostei imensamente. O que Cidade de Deus tem que os outros filmes não podem oferecer é um universo que podemos nos identificar, saem os guetos londrinos ou mexicanos, entra a nossa favela, saem os marginais irlandeses com sotaque engraçado, entra o malandro carioca, em vez de ouvir 'Fuck isso' ou 'Fuck aquilo', você ouve 'Porra', 'Caralho', 'Filho da Puta', mas finalmente nossos palavrões soam bem!

O filme tem muitos momentos engraçados, o ritmo é excelente e as duas horas e vinte minutos voam, mas não poupa o espectador de algumas cenas chocantes principalmente as que envolvem menores. Tomaram cuidado pra não deixar muito apelativo, mas ainda bem que foram corajosos o suficiente pra não fechar os olhos à certas situações que infelizmente acontecem todos os dias nas periferias das cidades, e são essenciais para tentar entender como funciona esse mundo paralelo que, como diz o narrador da história, é o nosso Vietnã.

Tecnicamente é perfeito, a fotografia filtrada com poucas cores é ótima, aliada a uma edição frenética e movimentos de câmera ágeis e bem planejados, mas o que me chamou mais atenção foi o áudio, o filme tem som Dolby DTS e recomendo assisti-lo num cinema equipado para tal. Os diálogos são perfeitamente compreensíveis, os efeitos enchem a sala de projeção (em certos tiroteios você se sente literalmente no meio do fogo cruzado) e a trilha sonora é excelente! Os atores são um caso especial, a co-diretora Katia Lund utilizou na maioria atores amadores selecionados nas comunidades onde o filme foi realizado e devo dizer que ela fez um trabalho incrível, apesar de ser fácil de notar uma certa insegurança em alguns deles, na maioria ela consegue resultados excelentes e dá uma veracidade impressionante à história.

Falando na história, ela é fictícia mas inspirada em fatos reais narrados por um jornalista que foi morador da Cidade de Deus no livro do mesmo nome. Conta a história de um garoto chamado Buscapé desde sua infância nos anos 60, até o final dos anos 70, dando uma idéia da criação das favelas, da origem do tráfico de drogas e de sua relação no dia a dia dos moradores. Contado através dos olhos dele, é um filme sobre o mundo do crime mas também sobre personagens, tratados de maneira quase mítica e também de forma bastante humana.

É pra divertir, emocionar, chocar, fazer pensar, parece que finalmente o cinema nacional está amadurecendo para o fato de que você não tem só que agradar ao mercado, mas fazer um filme que diga algo. Prestigiem esse filme enchendo as bilheterias, o filme merece e os que financiam o cinema nacional poderão notar que existe público para filmes mais ousados.

Trailer do Filme

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Título Original: Cidade de Deus
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 135 min
Ano de Lançamento: 2002
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Português
Legenda: s/l
Tamanho: 545 mb

Fim dos Dias


Segundo as escrituras, Satanás (ele mesmo, em carne, osso e maldade) virá à Terra nos últimos dias de 1999 para fecundar uma predestinada. Assim será gerado o Anticristo, que iniciará uma nova era sob o domínio das trevas. Só há duas formas de impedir o apocalipse: matar a esposa do demônio ou protegê-la do coisa-ruim até a virada do ano. Esse é o enredo proposto por Fim dos Dias, filme do fortão Arnold Schwarzenegger.

Como a maioria das produções do gênero, o Fim dos Dias é um show de clichés e fórmulas repetidas. As sequências no metrô lembram muito Velocidade Máxima. As cenas do demônio se recompondo depois de ser esmagado, fuzilado e explodido já foram vistas na série Exterminador do Futuro, com o próprio Schwarzenegger. E se não bastasse, o herói do filme é um ex-policial (!) revoltado (!!) com a perda de sua filha e esposa(!!!), que foram mortas por ele ter cumprido com o seu dever e ter testemunhado contra um criminoso(!!!!!!). É mole? Isso para não falar no final do filme: mais previsível, impossível. Para muitos, esses ingredientes seriam suficientes para provocar enjôo, mal-estar, dores de cabeça e depressão. Porém, para quem gosta de pancadaria, tiros, explosões, efeitos especiais e situações sensacionais, esse é o filme. Tem tudo isso, em doses cavalares.

A idéia é no mínimo oportuna. A proximidade do terceiro milênio é terreno fértil para quem pretende explorar a natural insegurança e crescente misticismo das pessoas. Essa estratégia não é nova. Sempre que passa um cometa perto da Terra, ou acontece um atentado terrorista ou mesmo um terremoto, lá estão os produtores de Hollywood prontos para faturar milhões. O curioso é saber se alguém vai se interessar por esse filme depois que da virada do milênio...

Uma dica: para quem realmente se interessa pelo assunto e quer ver um bom filme sobre a vinda do Anticristo, não pode deixar de assistir A Profecia (The Omen, 1976). Diversão e sustos garantidos.

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Título Original: End Of Days
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 126 min
Ano de Lançamento: 1999
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 342 mb


Era Uma Vez no Oeste


“Vi três casacos iguais a esse há pouco tempo, esperando um trem. Dentro dos casacos, havia três homens. Dentro dos homens, três balas”. A frase poderia soar como piada ou, pior, como clichê de terceira categoria, se fosse pronunciada no momento errado ou por um personagem equivocado. Não é o caso. Esse é apenas um dos abundantes momentos antológicos de um dos mais fantásticos faroestes de todos os tempos: “Era Uma Vez no Oeste” (C’Era una Volta il West, Itália/EUA, 1969), obra-prima de despedida do gênero feita pelo italiano Sergio Leone.

O autor da tirada impagável é o personagem clássico dos maravilhosos western spaghetti que Leone dirigiu na década de 1960: um pistoleiro sem nome, de passado misterioso, futuro incerto e objetivo desconhecido. Em “Era Uma Vez no Oeste”, o então iniciante ator Charles Bronson substituiu Clint Eastwood, protagonista dos três filmes anteriores do diretor. Basicamente, é o mesmo personagem da trilogia dos dólares, com uma pequena e significativa diferença: ao invés de andar com um cigarro apagado na boca, Bronson carrega uma gaita. Por isso, é apelidado de “Harmonica” por um co-protagonista, o bandido Cheyenne (Jason Robards, em esplêndida atuação).

A dupla se encontra pela primeira vez em um bar. Cheyenne acaba de fugir da prisão e descobre que alguém tentou jogar nele a culpa pela chacina de uma família da região, fazendo os assassinos usarem casacos idênticos às roupas que o bando dele usa – a mesma utilizada pelos homens que haviam tentado matar o gaitista. No mesmo bar está Jill (Claudia Cardinale), viúva que herdou a fazenda da família assassinada. Não vai demorar muito para que todos comecem a desconfiar que um certo Frank (Henry Fonda), capanga de um rico proprietário de terras na região, esteja por trás dos atos criminosos.

O filme de Sergio Leone é, nas palavras do próprio diretor, uma ópera de violência. Está correto. Leone é um estilista nato e construiu um filme silencioso, carregado de tensão e humor cínico, que explode em violência no momento certo, causando o máximo de impacto possível no espectador. O cineasta italiano tinha tudo para fazer um filme patético: ele não falava inglês, mas construiu o roteiro nessa língua; pediu para que o maestro e colaborador habitual Ennio Morricone escrevesse a trilha sonora (quatro temas, um para cada personagem principal) antes de filmar uma única cena, algo impensável em Hollywood; e dispensou o uso de storyboards, afirmando que tinha cada uma das cenas gravada da mente.

Leone estava certo, como sempre. Sua capacidade como criador dispensava esses artifícios banais. As quase três horas de “Era Uma Vez no Oeste” flagram um gênio no ápice de sua forma. Tome a seqüência de abertura como exemplo. Três temidos pistoleiros aguardam a chegada de um trem que traz algo esperado com ansiedade. A platéia não sabe o que é. Em onze minutos, sem diálogos e sem música, Leone estica a tensão a um ponto insuportável, utilizando apenas sons naturais (o rangido de um velho moinho, o zumbido de uma mosca, o apito do trem ao longe) e sua marca registrada – a combinação de closes dos rostos tensos e suados dos atiradores com paisagens panorâmicas de tirar o fôlego.

Como essa seqüência antológica existem muitas outras: a chacina da família irlandesa que desencadeia a trama; a longa tomada sem cortes da chegada de Jill à cidade de Tombstone, uma vila em construção; o ataque solitário de Cheyenne ao trem cheio de bandidos. A fotografia espetacular de Tonino Delli Colli valoriza cada rosto, cada plano, cada imagem, e consegue a proeza de combinar com perfeição os tons verdes da vegetação rasteira que predomina no deserto espanhol, onde a maior parte do filme foi produzida, à poeira vermelha de Monument Valley (EUA), onde Leone gravou algumas seqüências panorâmicas (o diretor mandou importar sacas do pó vermelho para espalhar nas locações interiores, como bares e fazendas, na Itália).

Aliado a tudo isso, Leone oferece uma direção de arte impecável, produzindo momentos que influenciariam vários grandes cineastas nos anos seguintes. Os casacos cor-de-terra da gangue de Cheyenne, por exemplo, tornaram-se um símbolo usado por assassinos de vários filmes feitos depois. Leone também exigiu que todos os atores usassem maquiagem que simulava a pele queimada pelo sol abrasivo, o que deu um realismo inédito à produção.

Outro acerto está na trilha sonora literalmente antológica, com quatro temas que se revezam, um melhor do que o outro (o emocionante lamento que acompanha os passados de Harmonica, em gaita e guitarra, ressoou em várias outras obras do mestre Morricone, enquanto os toques secos do banjo no tema de Cheyenne serviram de inspiração para a “Marcha Imperial” da série Star Wars).

Há ainda um quarteto de atores no melhor da forma. Robards quase rouba a cena como o cínico Cheyenne; Henry Fonda usa os olhos azuis como contraponto formidável para a frieza de um dos assassinos mais desalmados que o cinema já produziu; Bronson não precisa abrir a boca para impor respeito; e Cardinale está linda como nunca – e ainda fala grosso, como uma verdadeira dama desbocada, muito em voga nos anos 1960.

Os diálogos são a cereja no topo do bolo: apenas quinze páginas de conversas, o que daria algo em torno de 15 minutos em um filme normal. “Era Uma Vez no Oeste”, porém, não tem nada de normal. Não é à toa que Leone é o diretor predileto de Quentin Tarantino. O norte-americano se orgulharia de ter escrito a conversa seca entre Harmonica e Cheyenne, quando o primeiro entrega o outro ao xerife da cidade: “A recompensa por esse homem é de cinco mil dólares, certo?”, pergunta Bronson. “Judas se contentou com 4970 moedas a menos”, provoca Robards. “Não havia dólares naqueles dias”, retruca o pistoleiro. “Ah, mas filhos da p… já existiam”. Antológico é pouco.

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Título Original: C’era una volta il West
Gênero: Faroeste
Tempo de Duração: 165 min
Ano de Lançamento: 1968
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 540 mb

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A Bruma Assasina(The Fog)


A inspirada seqüência de abertura de “A Bruma Assassina” (The Fog, EUA, 1980), apesar de desconectada de todo o resto da narrativa, dá uma pista claríssima ao espectador sobre o tipo de efeito pretendido pelo cineasta John Carpenter. A cena mostra um velho e algumas crianças ao redor de uma fogueira, num acampamento de crianças. Estamos perto da meia-noite, faz muito frio, e o idoso começa a contar, com voz cavernosa, uma história de fantasma. Como Carpenter, o narrador tem apenas um objetivo em mente: meter medo, muito medo na platéia.

Curiosamente, a cena foi filmada e acrescentada ao trabalho depois que a primeira edição já havia sido concluída. É que o estúdio havia considerado a metragem original muito curta (o filme tinha menos de 1h20), tendo ainda pedido a Carpenter que acrescentasse cenas mais explícitas, como era tradição nos filmes B da época (a série “Sexta-feira 13”). O cineasta fez o que lhe foi pedido, e até mais. Na versão original, por exemplo, os cadáveres ambulantes que aparecem tão abundantemente no meio da névoa jamais eram mostrados, de forma que a platéia precisava imaginar que tipo de horror, dentro da fumaça, provocava tantas mortes e acidentes esquisitos.

Carpenter também criou novas cenas, inclusive uma em que a personagem de Jamie Lee Curtis toma um tremendo susto, no necrotério, com um corpo que se move. O diretor inseriu o prólogo como uma espécie de bônus, apenas para esticar a duração final. Infelizmente, este prólogo é o único dos acréscimos que funciona, já que as alterações solicitadas pelo estúdio não apenas soam ilógicas (a tal cena do necrotério resulta gratuita e sem sentido), mas também emprestam ao resultado final uma atmosfera claramente infanto-juvenil, eliminando toda a aura de mistério – e conseqüentemente todo o charme B – que a produção original possuía. Uma pena.

Ainda assim, a história de fantasmas sobre um vilarejo de pescadores assombrados pelos fantasmas de uma tragédia ocorrida 100 anos antes tem lá seus encantos. Toda a ambientação é correta, e as excelentes tomadas que mostram a névoa se movendo lentamente, do meio do oceano e em direção à costa, são bem realizadas. Há personagens promissores, como a radialista (Adrienne Barbeau) obrigada a passar as noites acordada sozinha na solidão de um farol, mas eles não são bem aproveitados pelo roteiro, soando rasos e sem conflitos internos.

É possível vislumbrar claramente uma influência da obra do diretor italiano Dario Argento no trabalho então desenvolvido por John Carpenter. Como Argento, o norte-americano prefere valorizar a construção de uma atmosfera de horror, em detrimento da história, e por isso o filme ganha um quê de onírico, um clima surrealista de pesadelo, nada realista. Além disso, a direção de atores é um ponto fraco evidente. De qualquer forma, há público certo para este tipo de filme, e o status de cult desfrutado por “A Bruma Assassina” comprova isto. Se você prefere um enredo mais sóbrio, contudo, talvez prefira outras obras de Carpenter, a exemplo de “O Enigma de Outro Mundo” (1982).

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Título Original: The Fog
Gênero: Terror
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

Uma Lição de Amor(I´am Sam)


Esse filme devido a atuação do Sean Pean, foi muito falado, até porque Sean é um bom ator e estava concorrendo ao Oscar deste ano exatamente por esse filme.

Bem, quando o filme acabou não tem como não ficar impressionado com a atuação do Sean, que sem muito esforço, rouba a cena em quase todos os momentos do filme. Sim o filme em si, tem uma história até simples, não lembro se já foi mostrada desta forma em outros filmes (provavelmente),e por isso fica ideal para todas as idades.

Algumas pessoas podem achar por isso uma história fraca, mas não deixa de ser divertida e interessante. Penso agora que isso fez com que Sean tivesse uma maior liberdade de atuar, o que para nós foi um ótimo presente. Michelle Pfeiffer continua linda e apenas uma coadjuvante no filme, não atrapalha e da todas as "pontes" para Sean poder dar seu "show", mas ele não está sozinho a garotinha (Dakota Fanning) que faz a filha de Sean, também está bem no filme, vale a pena dar uma conferida nesta dupla.

Vou deixar aqui apenas uma nota que me pareceu muito interessante, quando vemos Sean, atuando não tem como não lembrar da atuação em outro filme de Giovanni Ribisi. Giovanni também já fez um retardado no filme 'The Other Sister' -1999, junto com Juliette Lewis. Todos os jeitos e trejeitos mostrados por Giovanni, nós podemos ver no novo filme do Sean Pean, com certeza Giovanni foi de alguma forma uma fonte de inspiração. Quem ficou curioso, pode ir conferir.

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Título Original: I Am Sam
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 133 min
Ano de Lançamento: 2001
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: português
Tamanho: 430 mb

A Casa da Colina(House on Haunted Hill)


Criada com o propósito de lançar filmes de horror, a produtora americana "Dark Castle", de Joel Silver e Robert Zemeckis, entrou no mercado do entretenimento em 1999 com "A Casa da Colina" (House on Haunted Hill), refilmagem de "A Casa dos Maus Espíritos" (58), de William Castle e que tinha na liderança do elenco o lendário astro Vincent Price. Logo depois vieram mais três filmes, "Treze Fantasmas" (Thirteen Ghosts, 2001), outra refilmagem de um filme de 1960, "Navio Fantasma" (Ghost Ship, 2002) e "Na Companhia do Medo" (Gothika, 2003), todos sendo filmes explorando fantasmas e assombrações.

"A Casa da Colina" foi dirigido por William Malone (de "Medopontocombr") a partir de um roteiro de Dick Beebe (de "A Bruxa de Blair 2: O Livro das Sombras"), que por sua vez se baseou numa história do escritor Robb White (1909-1990), frequente colaborador de William Castle em vários filmes dos anos 1950 e 60 como "Macabre" (58), "Força Diabólica" (59), "Treze Fantasmas" (60) e "Homicidal" (61).

"A Casa da Colina" é mais um filme de horror com uma história de casa assombrada por fantasmas perturbados. Não apresenta elementos novos, pelo contrário, desfila todos aqueles clichês característicos do tema, com os tradicionais sustos fáceis, personagens estereotipados e algumas mortes violentas. O roteiro até que esforçou-se em criar uma história atraente, com direito a várias revelações, reviravoltas, suspense e tramas que se completam, conseguindo manter um certo interesse, acentuado pela intensidade das cenas envolvendo uma macabra entidade formada por vários espíritos atormentados em busca de vingança, e pelo visual fascinante da enorme torre, destacando-se um belíssimo teto de vidro no salão principal, onde uma série de imagens surrealistas servia de inspiração para as atrocidades do Dr. Vannacutt. As salas abandonadas no porão, onde eram realizadas as torturas dos pacientes, também transmitiam um clima mórbido com suas camas, instrumentos e aparelhagens médicas corroídas pela ação devastadora do tempo, e impregnadas com uma sensação obscura de morte e dor, num ambiente macabro de desolação.

O maior defeito do filme é o péssimo desfecho, com um final extremamente óbvio e super previsível, totalmente conveniente para agradar talvez apenas aquele público escolhido pelos executivos para pagar os custos da produção e encher seus bolsos de lucros. Fora isso, e para os apreciadores menos exigentes do atual cinema de horror, "A Casa da Colina" até que pode garantir cerca de uma hora e meia de diversão rápida.

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Título Original: House on Haunted Hill
Gênero: Terror
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

terça-feira, 28 de julho de 2009

300


Se pensarmos apenas do ponto de vista técnico, de efeitos visuais e do quanto o filme acrescenta com isso, temos uma das mais belas experiências dos últimos tempos. As cenas de lutas entre os exércitos Persa e de Esparta são de uma beleza louvável. Na maioria das vezes não parecem cenas gravadas com um fundo azul e depois inseridas digitalmente, mas sim que o diretor Zack Snyder (Madrugada dos Mortos) construiu um novo conflito entre esses povos. Cada lança, cada luta, cada sangue jorrado é de uma realidade impressionante.

Mas como cinema é uma experiência onde principalmente a narrativa deve ser levada em consideração, "300" acaba sua exibição devendo e muito para o espectador. A história do exército liderado por Leônidas contra a tentativa de dominação do rei Xerxes é um de uma superficialidade que beira a ingenuidade no momento de se construir um roteiro. Mais preocupado em estabelecer logo as cenas de conflito, as cenas em que são explicadas as motivações da invasão a Esparta e a formação do exército de 300 pessoas é extremamente corrida, como sendo apenas um fiapo para justificar todo o sangue que transborda na tela. Diálogos que desvalorizam o excelente original de Frank Miller e a utilização de uma trilha extremamente melodramática só contribuem para enfraquecer esta que poderia ser uma excelente aventura, um excelente entretenimento.

Com personagens sem profundidade, nunca nos fica claro a real intenção de Leônidas: queria ele salvar seu povo ou apenas se afirmar como um soberano? Da mesma forma, qual a motivação de tantos o seguirem, já que nada fica estabelecido durante a projeção? O único que consegue ter um mínimo de coesão é Xerxes (vivido por Rodrigo Santoro), que demonstra ser "apenas" um ser desalmado que quer o poder pelo poder, tendo como objetivo a dominação dos povos. Ao mesmo tempo, em um mar de personagens masculinos-machões (sem qualquer vestígio de sentimento ou qualquer outra característica que os torna humanos), Xerxes consegue ser um personagem acima, já que transita entre todas as formas não se apresentado como homem, mulher, nem sequer um ser humano. Xerxes é um Deus, que nem sequer deve ser considerado humano como nós.

Recheado de polêmicas e discussões sobre sua profundidade, "300" demonstra ser algo bem menor do burburinho que gerou. Embora tenha acertos, é um filme que realmente poderia ter ido muito além, já que para isso tinha uma boa história, um elenco competente e um bom diretor. Mas às vezes (como neste caso), a vontade de se fazer um filme para a massa faz minar todas as características que fazem de uma obra (quadrinhos, livros) algo realmente considerável e acima da média de outros do gênero, fazendo com que alguns saiam bem feitos como "Sin City", e outros que ficam pelo meio do caminho, como "300" (apenas para ficar na comparação entre obras de Frank Miller). Como grande vilão do filme Rodrigo Santoro consegue ser o que há de melhor no longa (o que não é difícil, já que é um excelente ator), mas pode contribuir muito mais (e escolher projetos melhores) do que aconteceu com "300". De positivo fica toda a exposição que nosso "ator para exportação" conseguiu para efetivamente participar de bons projetos pelo mundo afora.

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Título Original: 300
Gênero: Aventura
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

Os Donos da Noite


Os primeiros minutos de “Os Donos da Noite” (We Own the Night, EUA, 2007) deixam a impressão de que o filme será uma variação urbana das histórias sobre ajustes de contas entre dois irmãos de personalidades diferentes. Um atentado inesperado contra a vida de um deles, porém, faz a narrativa dar uma guinada radical, transformando o que parecia um drama banal em um thriller pesado e sufocante, que remete a outra parábola bíblica: a do filho pródigo. Encharcado de sentimentos opressores – remorso, vergonha, inveja, ódio, vingança – e com um toque autoral inconfundível, o filme se destaca do gênero policial oriundo de Hollywood como uma bem-vinda mancha de sangue.

Curiosamente, apesar de não comportar o senso habitual de espetáculo que o thriller genérico de Hollywood sempre acalenta, trata-se de uma obra de espírito essencialmente norte-americano. É só observar como o conceito de “família” fornece a base moral do sofrimento do personagem Bobby Green (Joaquin Phoenix), o protagonista. Toda a trama é narrada do ponto de vista dele, que trabalha como gerente de um clube noturno situado no subúrbio de Nova York. Dar ao trabalho a perspectiva de Bobby é uma decisão crucial do diretor e roteirista James Gray. Qualquer outra opção, como contar a história dos dois irmãos de forma paralela, abrindo o mesmo espaço para ambos, transformaria a obra em mais um melodrama lamacento.

Bobby é um jovem de futuro promissor. Tem uma bela namorada porto-riquenha (Eva Mendes) e a confiança irrestrita do dono do negócio, um rico imigrante russo que tem parentes ligados ao tráfico de drogas na cidade. Bobby sabe disso, mas faz vista grossa à situação. E é justamente ela que o reaproxima da família, com quem mantém frio contato social. O pai (Robert Duvall) e o irmão Joseph (Mark Whalberg) são policiais e têm planos de endurecer o jogo contra os traficantes da cidade. Tentam recorrer à ajuda de Bobby, já que um dos barões da droga (Alex Veadov) fecha negócios justamente na boate que ele gerencia. Bobby tenta se manter neutro. “Vai chegar a hora em que você terá que escolher um lado”, profetiza o pai. Ele está certo.

Jovem promissor e talentoso, o diretor James Gray é um autor bissexto. Fez apenas três longas em quase quinze anos de carreira, parcialmente por insistir em filmar projetos autorais nos intestinos de uma indústria cinematográfica que abomina este tipo de trabalho. A característica o faz mais conhecido e respeitado no cenário do cinema europeu do que dentro dos Estados Unidos. Gray já ganhou prêmio de melhor diretor no Festival de Veneza. “Os Donos da Noite” entrou na competição oficial do Festival de Cannes de 2007, e deixou boa impressão na crítica européia, algo que não ocorreu nos EUA. O filme demorou seis meses para estrear em casa, fracassou nas bilheterias (US$ 27 milhões) e não teve a aclamação esperada pela crítica.

Em parte, a recepção fria pode ser explicada pela relativa semelhança do longa-metragem com pelo menos dois outros projetos contemporâneos. A presença de Mark Whalberg no elenco é apenas um dos muitos pontos de contato da produção com “Os Infiltrados” (2006), que deu o Oscar a Martin Scorsese poucos meses antes da estréia. “Os Donos da Noite” ainda deu o azar de ser exibido quase ao mesmo tempo em que “O Gângster” (2007), de Ridley Scott, que é muito parecido tanto na ambientação (tráfico de drogas, Nova York estilo vintage) quanto na temática (família). O filme de Scott, veterano que valoriza muito mais o senso de espetáculo, prioriza a trama. O de James Gray prefere os personagens. A escolha rende um bom trabalho, mas afasta o público.

O filme não é perfeito. Tem problemas, por exemplo, na reconstituição de época, que lembra muito mais os anos 1970 do que os anos 1980 (a ação se passa em 1988). As roupas, as músicas e o feeling geral da obra remetem ao período de “Operação França” (1971), título de William Friedkin com o qual guarda semelhanças. A rigor, não há nada na trama que remeta à colorida e singular década de 1980, e a ótima fotografia de Joaquin Baca-Asay usa sombras e chuva como elementos cênicos, dando à narrativa discretos tons pastéis. Se está de acordo com a trama, a textura empoeirada das imagens não bate com a época retratada pelo filme. O problema transparece até mesmo em um ou outro objeto cênico. Personagens aparecem, por exemplo, tomando cerveja em garrafas long neck transparentes, que não existiam em 1988.

As qualidades da produção, porém, são maiores e mais abundantes do que os defeitos. O enredo incorpora três seqüências de ação viscerais e realistas, por exemplo, sem forçar a barra. São momentos espetaculares que se integram de modo orgânico e natural à trama, e chamam a atenção sobretudo pela espetacular edição que som, que se transforma em assinatura estilística do diretor. Gray consegue dar às três seqüências o ritmo da respiração (literal e figurativamente) do personagem principal, usando a mesma estratégia – abafa os sons diegéticos, naturais, e realça um ruído específico em cada cena (um zumbido, o bater do coração, o som do pára-brisa), modulando-o no ritmo e na intensidade necessários. O resultado é sensacional.

Além disso, Joaquin Phoenix apresenta um desempenho excepcional. Sempre eficiente em papéis de homens torturados, o ator engole todos os colegas quando está em cena, incluindo o veterano Robert Duvall. Preste atenção, em especial, na grande seqüência do filme, que flagra uma conversa entre os dois irmãos dentro de uma delegacia. É um momento íntimo e especial, em que cada um confessa os ressentimentos nutridos durante anos em relação ao outro – Bobby invejava a relação amistosa de Joseph com o pai, enquanto Joseph admirava a justamente a coragem do irmão em desafiar o genitor (a grama do vizinho é sempre mais verde, certo?). Pode parecer uma cena sem importância, mas é justamente o instante que encapsula e resume perfeitamente o tema do filme, que é a família.

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Título Original: We Own the Night
Gênero: Ação / Drama / Suspense
Tempo de Duração: 117 min
Ano de Lançamento: 2007
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 532 mb

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Festim Diabolico(Rope)


Festim Diabólico é um exemplar cruel do suspense mais sórdido que Hitchcok sabia compor como ninguém. O suspense pelo suspense, como único exercício de mexer com os nervos. Não bastasse fazer isso como ninguém, ainda aproveitou para criar um filme-exercício que ele nunca mais repetiu, mas serviu para atestar seu pleno domínio de cena, de espaço e de atores. Festim Diabólico é rodado inteiramente sem cortes. Nenhum. Os únicos cortes que existem acontecem a cada oito minutos, porque era o limite dos rolos usados na filmagem. Para não quebrar as seqüências, Hitchcok focava as costas de um dos personagens, trocava o rolo e reiniciava a ação partindo das costas para seguir em frente em seu teatro de suspense que, mesmo ambientado em apenas um ambiente, consegue prender a atenção do início ao fim.

O motivo para essa trama angustiante não poderia ser mais hitchcockiana: dois amigos cometem um assassinato no seu apartamento e escondem o corpo em um baú. O requinte de crueldade é que, minutos depois, os convidados de um jantar oferecido por eles chegam ao apartamento: os pais, a noiva, a tia e até o concorrente do morto pelo amor de sua noiva, que jantam na mesa montada em cima do baú onde está o corpo. Para provar sua genialidade, a dupla de assassinos convida também seu professor ( Stewart ), um homem perspicaz e de idéias avançadas, com a idéia de que, se eles conseguirem enganá-lo, provarão que um assassinato é, também, uma obra de arte, privilégio de inteligências e classes superiores.

Todo o nervosismo está no fato de que a platéia, aqui, é cúmplice dos assassinos, e não do lado bom da estória. É até irônico a forma como Hitchcok brinca com essa dualidade de sentimentos: ele coloca o público primeiro temendo pelo momento em que todo o estratagema pode ser descoberto- e são várias as ocasiões em que isso acontece - e gradativamente passa a colocá-lo ao lado do professor Rubert Cadell de Stewart, dividindo um misto de ansiedade e temor pelo que pode acontecer. E brinca com os nervos do público usando de simples objetos, como uma corda usada para amarrar livros. Faz com que a audiência, extremamente indecisa quanto à seus sentimentos, passe a simplesmente se angustiar pelo que quer que vá acontecer – um sentimento ampliado pela prepotência do cérebro da dupla criminosa, Brandon Shaw, que começa a jogar pistas a esmo sobre seu crime, e o desespero do inseguro Phillip com o jogo perigoso mantido pelo parceiro. Manter esse jogo durante 80 minutos em uma encenação sem cortes, com cada movimento e posição marcado e coreografado não é para qualquer um. Hitchcok amplia esse exercício com o movimento certo, com o close essencial, com a mudança de direção necessária enquanto amplia a tensão. É uma mescla entre o teatro e o cinema – repare como o cenário da cidade muda suavemente de tom, do fim de tarde até a noite – em uma história em tempo real onde a angústia, também, molda-se de forma quase imperceptível, mas extremamente palpável. Uma pena apenas que o final, extremamente abrupto e excessivamente teatral, não faça jus ao restante desse exercício primoroso, que apenas por isso é apenas quase perfeito.

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Título Original: Rope
Gênero: Suspense
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

Um Morto Muito Louco(Weekend at Bernie´s)


Parte integrante daquela minha famosa lista de clássicos dos anos 80 não reconhecidos, Um Morto Muito Louco é um filme que parte de um absurdo, é lotado de humor negro absurdo e tem uma conclusão ainda mais absurda – e, justamente por isso, é tão bom! É um perfeito exemplo de filme que as pessoas assistem mais de vinte vezes e passam a menosprezá-lo por isso, mas se ele não é tão bom quanto dizem, por que assistir tantas vezes? É simples: porque ele contagia, diverte e tem um humor afinadíssimo, e por passar tantas vezes na televisão, acabou ficando um pouco desgastado.

Pense no absurdo: dois jovens funcionários de uma corretora de seguros, Larry Wilson (Andrew McCarthy) e Richard Parker (Jonathan Silverman), procurando subir na carreira, decidem passar um final de semana trabalhando e descobrem uma fraude milionária na empresa. Certos de serem recompensados pela descoberta, levam a informação até o seu chefe (Bernie Lomax, interpretado por Terry Kiser), sem saber que este é o responsável por tal irregularidade. Os jovens são convidados então para passar um fim de semana em sua casa, onde seriam mortos, mas, por causa de problemas com a máfia, é o próprio Bernie que acaba morrendo. Decididos a não perder a oportunidade com aborrecimentos policiais, os dois acabam curtindo o local enquanto tentam fazer com que todos não notem que Bernie está morto.

A partir desta longa e absurda (sim, é importante frisar isso) sinopse, o diretor Ted Kotcheff destrincha o roteiro de Robert Klane da maneira mais simples, clara e divertida possível. O número de situações hilariantemente inverossímeis criadas a partir dessa premissa é fantástico, uma vez que diversos complicados momentos são criados para divertir o público na medida certa. É o tipo de comédia inteligente, que foge totalmente dos clichês (piadas de tombos e sexo), onde o que importa é o roteiro, aproveitar o material que lhe foi concedido no início da projeção. Citar exemplos fica praticamente impossível, uma vez que posso estragar a surpresa daqueles que ainda não viram o longa, mas a capacidade das pessoas em não perceber que o homem está morto é incrível, isso indo desde uma festa em sua casa até a hilariante cena em seu quarto, quando a mulher achava que ele a estava traindo (gerando também um dos diálogos mais engraçados do longa).

O curioso é que o filme é tecnicamente impressionante, uma vez que o trabalho de arte e alguns planos são minuciosamente trabalhados para tudo ficar na mais perfeita sintonia. Quanto à arte, posso citar como exemplo a casa onde grande parte do filme acontece: construída em um parque ambiental nos EUA sob autorização do governo, teve-se de ter o cuidado de desmontá-la ao final da produção para que a paisagem natural não fosse prejudicada pelo filme. Tudo é lindo e muito bem fotografado, com o luxo desfrutado pelos personagens saltando à vista graças ao competente trabalho de ambientação feito pela arte. Quanto aos planos, cito o momento em que Richard Parker está com sua namorada na praia e Bernie aparece ao fundo, atrapalhando o momento, ou então quando este mesmo é jogado da varanda por Larry e o menino o enterra (muitos, muitos e muitos risos).

O trabalho dos atores é impressionante. Andrew McCarthy e Jonathan Silverman quase que refletem aquilo que o público pensa: “Meu Deus, será que eles não percebem que ele está morto?”. Suas piadas são mais divertidas por suas reações a tudo o que acontece do que por sua formação propriamente dita. Mas o destaque no elenco fica mesmo para Terry Kiser, que faz o papel do morto Bernie Lomax. O homem dá um show e se dispõe a tudo: desde ser arrastado por escadas (fraturou várias costelas nesses tombos) até agüentar um aspirador de pó passando pelo seu rosto. Se em alguns raríssimos momentos percebemos uma ação de Terry, o fato de ele ficar completamente a mercê de tudo o que acontece é fantástico, pois o cara parece realmente estar morto e que não está fazendo tudo aquilo no filme (parece um boneco real muitas vezes, porque ele se dispõe, acreditem em mim, a muitas coisas).

Lógico que o filme possui alguns defeitos, como o seu ritmo por demais acelerado em alguns momentos, uma conclusão simples demais para tudo o que havia acontecido e ter uma personagem mal trabalhada e praticamente inútil à história (Gwen, o interesse romântico de Richard, interpretada pela linda Catherine Mary Stewart), mas são erros causados mais pela ingenuidade não tão ingênua assim na confecção do longa por parte de seus realizadores (não vejo uma pretensão como um todo; e quando me refiro à ingenuidade, digo sobre o fato de acontecer tudo sem se preocupar sobre o que o público vai pensar daquele absurdo todo, e completo com não tão ingênuo assim pelo fato de que tudo é intencional, pensado por seus realizadores, que sabiam o que faziam, mas sem a pretensão de deixá-lo tão grande quanto é hoje).

O resultado final é que Um Morto Muito Louco é um filme inteligente, que vai direto ao ponto e diverte muito, mas muito mesmo. As comédias dos anos 80 (e são muitas) se preocupavam em escolher um tema e trabalhá-lo da melhor forma possível, ao contrário de hoje, que tudo parece ser resumir apenas no sexo, apenas trocando a gostosa do cartaz. Se são sinais dos tempos, hoje somos mais burros do que éramos antes, mas como não acredito nessa hipótese, prefiro não engolir as porcarias feitas por Hollywood hoje em dia e continuar rindo com os meus bons e velhos companheiros de sessão da tarde.

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Título Original: Weekend at Bernie´s
Gênero: Comedia
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

domingo, 26 de julho de 2009

Touro Indomavel(Raging Bull)


É comum que alguns cineastas iludam o público realizando uma obra-prima no começo da carreira e depois nunca mais chegam perto do ápice. Se tivessemos que escolher um filme da carreira de Martin Scorsese para ser rotulado como tal, precisaríamos, no mínino, carregar metade de sua filmografia. "Taxi Driver", "A Última Tentação de Cristo", "Os Bons Companheiros", todos dignos de tal alcunha. Mas talvez o filme que de melhor forma elucidou o dom cinematográfico de Scorsese com uma câmera na mão foi mesmo "Touro Indomável".

Visto com um olhar tecnicamente crítico, "Touro Indomável" é praticamente perfeito. Principalmente se observarmos meticulosamente toda a parte técnica do longa. Claro que para chegarmos a uma conclusão lógica e sensata precisamos ver o filme mais de uma ou duas vezes, enfim. Via de regra, Scorsese consegue fugir de todos os clichês dos filmes esportivos. "Rocky - Um Lutador" em 1976, consagrou-se com um estilo de filmagem maravilhoso, lançando, assim, um desafio a mais aos futuros realizadores de filmes sobre boxe. Na verdade, Scorsese não tinha a mínima idéia de como filmar um filme de boxe, então "Raging Bull" se transforma em um filme onde o que menos importa é o boxe. Sim, "Touro Indomável" não é um filme sobre boxe.

Scorsese traça o perfil de Jake LaMotta (De Niro) com destreza única. LaMotta é um pugilista que vive sempre com seu lado animal a espreita. Família, amigos, esposa. Todos são influenciados por sua brutalidade nos relacionamentos. Sua brutalida, porém, o leva a situações complicadas e provoca consequências dramáticas graves na vida e carreira de um homem solitário como é LaMotta.

Sendo LaMotta filho de imigrantes italianos, Scorsese ganhou uma vantagem em relação ao personagem interpretado por Robert De Niro. A rigor, De Niro dispensa comentários. Faz do ringue, das ruas, dos bares e apartamentos, um palco perfeito para que possa entregar uma das atuações mais monstruosas em todos os tempos. Auxiliado pelo bom companheiro Joe Pesci (ótimo), De Niro faz de Jake LaMotta um personagem assustador e violento, mas que, no fim, o espectador acaba torcendo pelo sucesso e pela chamada "volta por cima" do homem. Por isso, afirmo que "Touro Indomável" não é um filme sobre boxe. É um filme sobre um ser humano inseguro de si mesmo, agressivo ao extremo e acaba sempre metendo os pés pelas mãos.

Caminhando até a parte técnica do longa, chegamos na montagem mais competente da filmografia de Scorsese. A montagem de Thelma Schoonmaker (vencedora do Oscar) é antológica, expressa toda a virtuosidade e complexidade de LaMotta de maneira brilhante. As cenas de luta são fantásticas e cada golpe disparado dos punhos de LaMotta é montado de forma arrebatadora. A fotografia em P&B, dando ênfase aos tons de um cinza mais profundo, caiu como uma luva a resistência de Scorsese em filmar a cores. A mixagem de som é outro quesito que merece destaque (sons semelhantes ao de animais berrando foram mixados para acentuar a selvageria das lutas).

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Título Original: Raging Bull
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 128 min
Ano de Lançamento: 1980
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 430 mb

Inimigos Publicos


Inimigos Públicos conta uma daquelas histórias que poderiam ser apenas lendas urbanas, mas que realmente aconteceram. O longa, assinado por Michael Mann (O Último dos Moicanos, Colateral) traz um relato dinâmico e envolvente sobre a vida de John Dillinger (Johnny Depp), vilão e herói nacional nos Estados Unidos da Grande Depressão, nos anos 30.

Após passar um tempo na prisão e compartilhar experiências com outros detentos, Dillinger se torna um exímio assaltante de bancos e logo é considerado o inimigo público número um do Estado. Entretanto, diferentemente de outros ladrões, ele preservava o dinheiro da população, roubando apenas os cofres das instituições financeiras. Com essas atitudes, o malfeitor ganhou a simpatia de parte dos civis - revoltados com a situação de crise monetária do país.

Johnny Depp mais uma vez conduz a trama com muita eficiência. A ousadia e a ambição das ações de seu personagem fecham perfeitamente com o ar transgressor que ele apresenta em suas expressões e diálogos. E ainda há de se ressaltar as rápidas mudanças no estado de espírito de Dillinger. Depp pode ser naturalmente cômico ao desfilar em locais públicos e desafiar o povo a reconhecê-lo. Mas apresenta-se também um gângster implacável nas diversas cenas de tiroteio, ou mesmo como um conquistador elegante e um apaixonado fiel à namorada. Diante de tantas ambiguidades e facetas, é fácil de identificar-se com o criminoso, o que aumenta a expectativa sobre seu desfecho.

Embora o filme foque basicamente a vida de gângster de Dillinger, o roteiro, baseado em livro de Bryan Burrough, ainda dá espaço para o início do FBI e à conduta do agente Melvin Purvis (Christian Bale) atrás do criminoso. Além disso, os métodos violentos do diretor do órgão, J.E Hoover (Billy Crudup), agregam conteúdo histórico ao pano de fundo da narrativa.

De negativo, o que sobressai é a relação de Depp com Marion Cotillard, que interpreta Billie Frechette, amante do protagonista. Não que a química do casal seja ruim, mas o relacionamento dos dois é estabelecido de forma tão rápida que parece inverossível. Felizmente, este fator fica apenas em segundo plano perante os outros ótimos momentos da obra.

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Título Original: Public Enemies
Gênero: Policial
Tempo de Duração: 140 min
Ano de Lançamento: 2009
Qualidade: Ts
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 427 mb

sexta-feira, 24 de julho de 2009

As Ruinas


The Ruins surge como uma adaptação cinematográfica de um livro como o mesmo nome, e conta com a participação de Jonathan Tucker (The Texas Chainsaw Massacre), Jena Malone (Donnie Darko), Laura Ramsey (The Covenant) e Shawn Ashmore (Solstice).

Durante os últimos dias de férias no México, quatro jovens decidem participar numa expedição até a um remoto templo maia escondido no coração da selva mexicana. Assim que chegam à imponente pirâmide, eis que surge um grupo de indígenas locais armados que os impede de abandonar o local. Sem outra alternativa, o grupo acaba por acampar no topo do templo, descobrindo pouco tempo depois que estão rodeados por uma espécie de planta mortífera.

Apesar ser um pouco rebuscada, a ideia de existirem plantas carnívoras adaptadas à captura de seres humanos é no mínimo intrigante. Seguindo esta linha de pensamento, o filme foca alguns aspectos interessantes, como por exemplo o modo engenhoso como as plantas conseguem enganar e capturar as vítimas. Infelizmente, é muito provável que essas ideias tenham perdido um pouco de verosimilhança quando transpostas do livro para o filme. Por outro lado o terror não surge directamente associado às plantas mas antes às reacções e decisões dos personagens, que vão sendo pressionados e postos à prova, tanto em termos físicos como mentais.

Assim, acaba por haver um certo equilíbrio entre o derramento de sangue e a paranóia ou o desespero. Eventualmente, poder-se-á criticar a fraca, senão total ausência de explicação para a existência das plantas, tal como a certa monotonia em termos de cenário, já que a acção decorre quase sempre no mesmo espaço.

Ainda se poderá referir também a certa passividade dos personagens no papel de vítimas, na medida em que nunca se lembram de tentar destruir as plantas.

The Ruins é mais um filme de terror sobre a luta pela sobrevivência, que merece algum mérito por conseguir caracterizar o agente ameaçador de uma forma suficientemente plausível e dinâmica, sem deixar que a história caia no perigoso domínio da pirosice.

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Download do Filme - parte 2

Título Original: The Ruins
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 91 min
Ano de Lançamento: 2008
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 379 mb

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Os Estranhos

Seguindo à risca o legado deixado pelo mestre Alfred Hitchcock, Bryan Bertino cria, a partir de experiências próprias, um suspense assumidamente despretensioso. Via de regra, o que Bertino quer é trabalhar com idéia do imaginário da platéia. Ele está ali apenas para mexer com os sentidos do público, sem maiores pretensões, deixando de lado qualquer subtexto ou mensagem subliminar. Para ele, isso pode ser visto na maioria absoluta dos suspenses hollywoodianos lançados com freqüência. O objetivo do diretor é manter o espectador preso na cadeira. E Os Estranhos faz isso muito bem, desde que você esteja disposto a ignorar certos aspectos.

A rigor, existem de fato algumas decisões tomadas pelos personagens que se mostram absolutamente inverossímeis. Mas veja bem: quando James Stewart "mandou" Grace Kelly vasculhar o apartamento de um suposto assassino em Janela Indiscreta ou quando o velho Hitch tentou nos convencer de que Kim Novak não era Kim Novak em Um Corpo Que Cai, ninguém reclamou porque era Hitchcock. Agora quando um diretor estreante dirige uma cena tão absurda quanto (até mais, diria), ele não merece um desconto? Aliás, o público deve ficar de olho, afinal pode estar surgindo mais um autor por aí.

Apesar dos créditos mentirosos, Os Estranhos não é baseado em fatos, e sim em experiências vividas pelo próprio diretor. A trama bastante objetiva mostra o casal Kristen (Liv Tyler) e James (Scott Speedman) voltando de uma festa onde houve uma pequena briga entre os dois. Quando estão em casa, uma menina bate na porta (às 4 da manhã) procurando por uma pessoa que eles desconhecem. Depois de mais uma batida e alguns barulhos suspeitos, Kristen desconfia que tem alguém a mais em casa. A partir daí, o suspense que se desenvolve na tela é expressivo e virtuoso. Nós sabemos o que o casal sabe sobre a invasão. Nem mais, nem menos.

Bertino, que também assina o roteiro, errou na construção da ação dramática em situações de pavor. Apesar de ninguém saber como reagiria se estivesse vendo sua casa ser invadida por três seres mascarados que não dão explicação alguma sobre os motivos da invasão ("por que vocês estavam em casa", diz um mascarado, e só), o diretor propõe soluções idiotas para situações críticas, caindo no velho clichê de que é preciso atitudes babacas para tocar o filme para frente. Não é bem assim. Já que tinha um roteiro bastante eficiente, Bertino poderia ter trabalhado melhor algumas idéias. Menosprezar a inteligência do espectador não é legal.

O fato é que os deslizes criativos do diretor e roteirista não são capazes de desviar o foco narrativo do longa. Os Estranhos existe apenas para manter o espectador tenso, apenas isso. E Bertino faz de sua câmera o principal ingrediente para tanto. A câmera anti-estática e que caminha lateralmente com elegância é um artifício muito bem empregado, e que funciona como um tempero a mais ao suspense gradativo que o diretor elabora. Com ângulos que permitem o espectador saber mais que os mocinhos (às vezes, só às vezes) e fotografia excelente, que utiliza uma paleta escura, fazendo bom uso da locação única, Bertino proporciona uma experiência tão assustadora quanto psicológica. A velha trilha sonora estridente está presente como prequel para assustar, mas não consegue fazer isso porque todo mundo já está careca de saber que quando ela começa logo, logo vem o susto. Os Estranhos funciona mais quando quer manter o espectador tenso, sem sanguinolência e membros decepados.

Parente direto de Violência Gratuita, de Michael Haneke, Os Estranhos (menos intelectual e mais descompromissado, mas não menos eficiente) acaba por tornar-se um exercício muito bem executado e, antes tudo, um trabalho primoroso de direção. Ademais, Liv Tyler colabora muito com uma interpretação segura e que transmite o real sentimento de pavor de sua personagem. Scott Speedman não mostra nada mais que a construção preguiçosa de seu personagem. Toda a tensão é confiada a Liv, que não decepciona. Os Estranhos é uma surpresa vinda de Hollywood em tempos onde o cinema (quase) não tem mais voz própria.

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Título Original: The Strangers
Gênero: Terror/Suspense
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

Identidade


Lembra quando você assistiu 'Pânico' pela primeira vez? Desde então, foi difícil surgir outro filme que fizesse você pular da cadeira… Até 'Identidade' chegar aos cinemas.

Se o elenco (que é de primeira) não faz você querer ver esse filme, a história fará. 'Identidade' é um suspense psicológico que vai te deixar arriscando palpites até o ultimo segundo. No estilo "Pânico", você vai ter que adivinhar quem é o assassino, que, obviamente só será revelado no fim do filme.

Lembra daquele jogo "Detetive"? Essa é exatamente a premissa do filme. Dez pessoas completamente estranhas ficam presas num hotel barato (que nos EUA é chamado motel), e de repente, elas começam a morrer uma a uma. Apesar de tudo rolar como se fosse um tipo filme de terror, a direção que a história toma no meio do filme faz você perceber o que fez esse filme se destacar entre tantos outros filmes do genêro. E é claro que eu não vou contar!


John Cusak ('Con Air - Rota de Fuga', 'Adaptação'), Ray Liotta ('Hannibal', 'Turbulencia'), Rebecca de Mornay ('A Mão que Balança o Berço'), Amanda Peet ('Fora de Controle'), Clea DuVall ('Garota, Interrompida', 'Prova Final'), Alfred Molina ('Chocolate', 'Homem Aranha 2'), entre outros, estão impecáveis. Eles fazem você sentir cada segundo do filme, e compartilhar da angustia e do medo dos personagens. Tudo isso somado a cenas fortes, gráficas, e cheias de surpresas, são suficiente pra te deixar grudado na poltrona.

Se você estava esperando por um filme que te fizesse sair de casa e ir ao cinema, a sua espera chegou ao fim. Corra para os cinemas, porque pra cada 100 filmes despejados nas telas, somente um é tão bom quanto esse (o que até chega a ser triste).

Não se fazem mais suspenses como antigamente, mas de vez em quando um filme como esse vem pra manter a sua esperança de que Hollywood é capaz de muito mais do que tem feito ultimamente.

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Título Original: Identity
Gênero: Suspense
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Se Beber Não Case(The Hangover)

É de praxe todo ano aparecer um filme com humor politicamente incorreto que inesperadamente desbanca alguns blockbusters do verão americano e fatura milhões de bilheteria. Foi assim em 2005 com Os penetras bons de bico, ano passado com Trovão tropical e agora em 2009 com Se Beber, Não Case que consegue ter cenas desprezivelmente engraçadas e situações surreais.

A premissa é a básica despedida de solteiro onde alguns amigos levam o noivo pra uma balada que "nunca vão se esquecer". O detalhe aqui é que após um brinde no telhado de um grande hotel de Las Vegas os companheiros se encontram jogados ao chão, bêbados, sem se lembrar de nada da noite anterior e o pior, perdem o noivo sabe-se lá aonde. O resto do filme é uma busca atrás de pistas sobre o paradeiro do garoto que vai se casar dentro de 24 horas.

Sob a direção de Todd Phillips (diretor de Dias Incríveis e roteirista de Borat) o filme conta com algumas cenas que vão fazer algumas pessoas terem crises de riso como a sequência do tigre e até mesmo os créditos finais, mas o melhor são as sacadas "incorretas" do roteiro como a brincadeira que o barbudo Alan Garner (Zach Galifianakis) promove com um bebê em uma mesa de bar. E elas estão por todas as partes do longa.

Conte ainda com boas performances cômicas de Bradley Cooper (Ele Não Está Tão a Fim de Você) como o canastrão Phil e a melhor de todas, a de Ed Helms (o engraçadíssimo Andy Bernard da série The Office) como o bobinho Stu que conta com sacadas mais absurdas de toda a trama. Ah, e ainda tem uma participação de... Mike Tyson, no papel dele mesmo. E acredite, faz rir.

Depois de ultrapassar a barreira dos 183 milhões de dólares de bilheteria mesmo tendo custado apenas 35 e ainda estar figurando entre as 5 maiores bilheterias durante 3 semanas consecutivas lá fora, o filme tem fortes chances de atrair um grande público também no Brasil (ainda que Trovão tropical tenha feito algo parecido ano passado e mesmo assim passou despercebido pelos cinemas brazucas). Mas o potencial sucesso teen do filme não deve ofuscar o seu brilho como obra proibida pra menores (mesmo com tantos sucessos do mundo pop em seu núcleo) e que tem algo que anda faltando em muitos dos filmes de comédia ultimamente: humor.

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Título Original: The Hangover
Gênero: Comédia
Tempo de Duração:
Ano de Lançamento: 2009
Qualidade: DDC
Formato: Avi
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 730 mb

terça-feira, 21 de julho de 2009

Exterminador do Futuro, A Salvação


No ano de 2018, a Skynet está capturando seres humanos. John Connor é o responsável pela resistência humana na guerra contra as máquinas.

Para homenagear os fãs, quando Rocky Balboa chegou aos cinemas foram usados trechos dos filmes anteriores como flashback. Apenas Rocky V (1990), considerado o pior da franquia, ficou de fora. Em O Exterminador do Futuro: A Salvação (Terminator Salvation) acontece um fenômeno semelhante: o terceiro longa é considerado o mais fraco e não precisa ser assistido para a compreensão do novo episódio. Os elementos dele não são usados como referência nessa aventura. Já em relação aos outros dois, há falas, músicas e até objetos de cena que fazem alusão às outras peripécias do clã Connor.

Como o protagonista, Christian Bale parece estar tentando copiar os passos de Harrison Ford nas décadas de 1970 e 1980. Nesse período, Ford tinha dois papéis nos cinemas que são venerados pelos nerds: Han Solo, na saga original de Star Wars, e Rick Deckard, de Blade Runner (1982). Já o Bale do século 21 é o intérprete de Batman e John Connor. Mas enquanto Solo é muito mais carismático do que Skywalker, Bale tem uma sina mais triste. Em ambas as produções, a presença dele é ofuscada por um ator que rouba a cena. Em Cavaleiro das Trevas Heath Ledger é o memorável Coringa, e em Exterminador 4 quem se sai melhor é Sam Worthington (Morte Súbita), no papel de Marcus Wright.

Para quem está interessado na ação, o filme é um banquete. Sequências de perseguição, tiroteio e lutas cheias de adrenalina são o presente para os mais empolgados. Os efeitos visuais funcionam bem e não transformam o espetáculo em videogame.

O calcanhar de Aquiles de Exterminador 4 é a cena final. O desfecho parece ter sido tirado de uma redação de sexta série. Para o bem dos fãs, o que é construído nos primeiros 90% do enredo é tão bom que o final não estraga por completo a experiência.

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Título Original: Terminator Salvation
Gênero: Ação / Ficção Científica
Tempo de Duração: 130 min
Ano de Lançamento: 2009
Qualidade: DDC
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 398 mb

Harry Potter e O Enigma do Principe


A franquia 'Harry Potter' está se tornando cada vez mais interessante nos cinemas. A linha mais adulta e inteligente iniciada com 'Prisioneiro de Azkaban' foi tomando força, e 'O Enigma do Príncipe' é o filme mais sombrio até aqui.

O diretor David Yates conseguiu transformar o quinto filme da franquia, 'Harry Potter e a Ordem da Fênix', em uma sessão divertida. O livro, considerado por muitos fãs como chato, se transformou em um ótimo filme. Sendo assim, ele teve mais liberdade em adaptar 'Harry Potter e o Enigma do Príncipe' da sua maneira.

Como toda adaptação, 'Harry Potter e o Enigma do Príncipe' não irá agradar a todos. Muitas passagens do livro foram deixadas de fora do filme, e algumas alterações serão notadas. Mas no geral, Yates conseguiu novamente e criou uma história bem amarrada, utilizando o que realmente importava no livro para abrir espaço para as duas últimas adaptações que estão por vir. E criou um filme que merece aplausos.

'Harry Potter e o Enigma do Príncipe' traz a história do sexto ano de Harry Potter na escola de magia de Hogwarts. Enquanto Harry começa seu ano em Hogwarts, Lorde Voldemort traz destruição pela Inglaterra e a necessidade de derrotá-lo torna-se cada vez mais forte. Usando um antigo livro de poções que pertenceu ao Príncipe Mestiço, Harry aprofunda seus conhecimentos de magia e prepara-se para a guerra.

Antes ele precisa ajudar Dumbledore a descobrir o segredo da cruzada de Voldemort para conseguir a eternidade: o esconderijo de suas Horcruxes.

De todos os filmes da franquia, este pode ser considerado o que mais difere do livro. O roteiro praticamente alterou rumos da história, mas de uma maneira bem construida e funcional. Afinal, filme e livro são bem diferentes, e o que funciona em um pode não dar certo em outro. A construção dos personagens ficou mais interessante, e os argumentos do roteirista Steve Kloves convencem, sendo coerentes com as atitudes dos protagonistas.

Os atores evoluiram a cada filme e estão cada vez mais ligados aos personagens. Afinal, foram quase 10 anos atuando nos filmes da franquia.

Rupert Grint está hilário como Rony Weasley, e conseguiu uma química ótima com a novata Jessie Cave (Lilá Brown). Emma Watson está cada vez melhor como Hermione, sendo a atriz que teve melhor desempenho desde o primeiro filme, aqui ela prova não ser apenas uma atriz infanto-juvenil que se deu bem em uma franquia milionária, e sim uma ótima atriz que evoluiu e merece louvor. Daniel Radcliffe também demonstra amadurecimento e entrega aqui sua melhor atuação até o momento.

O elenco de nomes britânicos é invejável. De Helen McCrory (Narcisa Malfoy) e Alan Rickman (Severo Snape) a Jim Broadbent (Horácio Slughorn), um show de grande nível de consagrados atores.

A direção de Yates continua brilhante (mesmo que minha preferência ainda seja por Alfonso Cuarón, diretor do perfeiro Prisioneiro de Azkaban). Ele consegue manter o clima do livro, adicionando um toque mais sombrio e adulto com uma fotografia impecável, além de criar efeitos visuais e especiais mágicos.

'Harry Potter e o Enigma do Príncipe' consegue preparar o público para o final da franquia com louvor, além de deixar a certeza que Yates cumprirá seu papel e entregará mais dois filmes ótimos. A única tristeza dos fãs é saber que o momento final está se aproximando, e a franquia milionária que nunca decepcionou chega ao fim em apenas dois anos.

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Título Original: Harry Potter and the Half-Blood Prince
Gênero: Aventura
Tempo de Duração:
Ano de Lançamento: 2009
Qualidade: Ts
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 450 mb

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Os Passaros


Uma tática infalível para ganhar respeito intelectual, nos Estados Unidos, é pegar alguma obra subvalorizada de um ícone da cultura popular daquele país e dar-lhe uma nova interpretação. Camille Paglia fez isso com o filme “Os Pássaros” (The Birds, EUA, 1963), de Alfred Hitchcock, como passo inicial rumo ao estrelato. Paglia escreveu uma longa, minuciosa e estridente análise do filme, depois publicada como livro (também no Brasil, pela Rocco), e provocou uma apressada revisão do conteúdo crítico da película.

Antes do polêmico ensaio de Camille Paglia, “Os Pássaros” era visto como o marco inicial do período de decadência do mestre do suspense. Como se sabe, nos 10 ou 15 anos anteriores Hitchcock havia feito uma quantidade anormal de grandes filmes, incluindo “Um Corpo que Cai” e “Psicose”, as duas obras-primas incontestes. No entanto, muitos críticos da época assinalaram em “Os Pássaros” como o primeiro momento em que Hitchcock começou a perder o controle rígido que tinha sobre o processo de construção dos filmes que fazia.

Eles não estavam errados, é claro. Hitchcock realmente faz o filme de forma pouco usual para ele. Seu método de trabalho era simples: ele montava todo o filme na cabeça, antes de ir para os sets, o desenhava em storyboards minuciosamente e depois simplesmente cumpria aquilo que planejava. Aliás, costumava achar o processo de filmagem em si entediante, pois já sabia o que iria obter. Quando começava a filmar, Hitchcock já estava pensando no filme seguinte.

Em “Os Pássaros”, contudo, tudo foi diferente. As filmagens não foram organizadas, o roteiro de Evan Hunter ia sendo refeito nos sets e boa parte do material filmado acabou no chão da sala de montagem – o único caso em que Hitchcock não aproveitou 100% daquilo que filmou. De qualquer forma, o livro de Camille Paglia se desviou da análise técnica da obra e veio chamar a atenção para um aspecto temático importante do filme: a temática feminista.

Quando “Os Pássaros” começa, a dondoca Melanie Daniels (Tippi Hedren) conhece e é esnobada pelo bonitão Mitch Brenner (Rod Taylor), numa loja de pássaros de San Francisco. Ela fica caída por ele, e toma a iniciativa seguinte: compra um par de “pássaros do amor” e segue para a vila pesqueira de Bodega Bay, onde o paquera passa os finais de semana, com o pretexto de presentear a irmã pequena do rapaz.

A teoria de Paglia é de que Hitchcock foi o primeiro dos diretores clássicos a quebrar o paradigma da submissão feminina em Hollywood. Para Camille Paglia, Hitchcock mostrava o quanto era machista ao associar, de forma sutil, a fúria da natureza a uma espécie de punição pela libertinagem da loura. Afinal, em 1963, quantas mulheres davam em cima de um homem tão ostensivamente sem sair impune?

Numa coisa Paglia tem razão: o filme é ousado mesmo. O irônico, porém, é que em 1954 o crítico francês André Bazin já apontava esse mesmo traço feminista, de forma inversa, em “Janela Indiscreta”. Bazin, que nunca compartilhou da paixão do pupilo François Truffaut pelos filmes do mestre do suspense, achava que “Janela Indiscreta” era um filme comum, quando visto do ponto de vista do suspense.

Para o pensador francês, a revolução de “Janela Indiscreta” era a personagem de Grace Kelly, uma editora de moda que praticamente pedia de joelhos ao fotógrafo viril vivido por James Stewart para dormir com ele. E, em “Janela Indiscreta”, quase dez anos antes de “Os Pássaros”, ela consegue o objetivo sem ser punida.

Não é preciso ser um gênio para perceber a semelhança e as diferenças, nesse aspecto, entre os dois filmes. Um conhecedor mediano da obra de Hitchcock vai perceber, aliás, muitos elementos recorrentes em “Os Pássaros”: a loura gélida e impulsiva (“Marnie”, “Um Corpo que Cai”), a mãe castradora (“Psicose”, “Rebecca”) e até o uso cinematográfico de pássaros como símbolo de caos e desordem (as corujas empalhadas de “Psicose”).

Uma inovação importante de “Os Pássaros”, que pouca gente percebeu, é a estrutura do enredo, que até hoje é reciclada nos chamados blockbusters, os grandes filmes de Hollywood: um caso de amor servindo de pretexto para a exibição de cenas de catástrofe, com muitos efeitos especiais e cenas de grande requinte técnico.

Nesse ponto, “Os Pássaros” é um sucesso absoluto. Hitchcock acerta inclusive ao manter o grande enigma do filme, que é a razão do repentino ataque de pássaros aos humanos. O que diabos está acontecendo afinal, pergunta o espectador? O final do filme não resolve essa questão e deixa cada membro da platéia imerso nos próprios pensamentos, o que contribui para firmar a aura excêntrica e sombria do filme.

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Título Original: The Birds
Gênero: Suspense
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

Vanilla Sky


Pouco depois das filmagens de “Missão Impossível 2”, em 1999, Tom Cruise começou a procurar um roteiro mais denso para transformar em filme. Ele não queria uma trama de ação desenfreada, como a produção anterior. Numa tarde, assistiu ao suspense psicológico espanhol “Abre los Ojos” (no Brasil, Preso na Escuridão) e ficou impressionado. Cruise levou dois anos para refilmar a trama. O resultado, “Vanilla Sky” (EUA, 2001,888), é um filme que celebra a cultura pop e, ao mesmo tempo, trava uma interessante discussão sobre a verdadeira natureza da realidade.

Em português, o título deveria ser “Céu de Baunilha”, referência à paisagem de um quadro de Monet que o protagonista guarda no quarto do apê transado que possui, em Nova Iorque. O leitor atento deve estar pensando na quantidade de dinheiro que o sujeito deve ter no banco, para poder guardar um Monet em casa. Dinheiro, aliás, é a chave do enredo. Cruise interpreta David, um playboy bonitão que herdou um império editorial e vive chegando atrasado no emprego, depois de farras com belas mulheres. Ele se envolve com duas beldades, a ciumenta Julie (Cameron Diaz)e a misteriosa Sofia (Penélope Cruz). É o clássico triângulo amoroso: a primeira é apaixonada por ele, que não quer nada com ela além de cama, mas se apaixona pela espanhola.

Aí vem a reviravolta. Desprezada, Julie revela uma faceta homicida e envolve o galã num acidente de carro que mantém David em coma por três semanas e o deixa com o rosto desfigurado. É o inferno para um sujeito vaidoso, que nasceu em berço esplêndido e não conhece a dor da rejeição – exatamente aquilo que vai experimentar. A paquera com Sofia vira paixão avassaladora, mas não vai em frente, e o ex-belo garotão entra numa paranóia de delírios conspiratórios cada vez mais tensa e complicada.

”Vanilla Sky” é bacana, mas a faceta pop acaba diluindo a força do original espanhol. A segunda produção do diretor Alejandro Amenábar era pobre de recursos (César, o milionário de “Abre los Ojos”, dirigia um Fusca!), mas tinha um diferencial: transpirava criatividade. Assim como o subestimado “Vidas em Jogo”, de David Fincher, enfocava o mundo artificial e vazio dos novos ricos e usava a trama de suspense para discutir questões como religião, morte e o conceito de realidade. “Abre los Ojos” era atrevido e não tinha medo de ser politicamente incorreto, especialmente ao apresentar como protagonista um sujeito narcisista, arrogante e egoísta até nos momentos mais tristes.

A refilmagem americana, por sua vez, prova que a chave dos grandes filmes está na sutileza, nos pequenos detalhes. O roteiro reescrito pelo competente cineasta Cameron Crowe (do ótimo drama “Quase Famosos”), repete praticamente cena por cena o enredo do suspense espanhol, e mesmo assim acaba ficando muito diferente. O problema é que Crowe suaviza demais os traços de canalhice do protagonista, tentando transformá-lo numa espécie de playboy amadurecido, na segunda metade da trama.

O final do filme, aliás, deveria servir de lição para Hollywood aprender como não se deve terminar um thriller. Ao contrário do original, que deixava várias linhas de raciocínio em aberto, Crowe preferiu esquecer os elementos de suspense, rechear as imagens de cores mornas e dar uma lição de moral ao protagonista (e ao espectador).É a velha mania de subestimar a inteligência da platéia. O novo roteiro transforma a complicada trama num bolo politicamente correto e entrega na boca do espectador.

Mesmo com esses vacilos, o enredo inteligente e cheio de reviravoltas garante a diversão, especialmente de quem não viu a produção espanhola. As referências visuais a capas de disco (Bob Dylan) e filmes famosos (“Jules e Jim”, “Acossados”) são uma contribuição bem sacada de Crowe ao enredo. A trilha sonora (com R.E.M. e Radiohead em momentos-chave e Paul McCartney numa boa canção original) também soa fresca e criativa. Já as atuações, especialmente o trabalho do casal ajuntado nos bastidores, Cruise e Cruz, estão empostadas e algo artificiais. Num filme sobre o mundo de plástico dos yuppies, porém, isso até que vem a calhar.

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Título Original: Vanilla Sky
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 145 min
Ano de Lançamento: 2001
Qualidade: DVDRip
Formato: Avi
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 684 mb

domingo, 19 de julho de 2009

Estranhos Prazeres(Strange Days)


Há alguns filmes cujo sucesso, ou falta dele, é um verdadeiro enigma. O thriller sci-fi “Estranhos Prazeres” (Strange Days, EUA, 1995) se encaixa perfeitamente no segundo caso. Elaborado a partir de uma premissa inteligente, com ótima trilha sonora, boas atuações e uma cinematografia arrojada, o longa-metragem dirigido por Kathryn Bigelow foi um fracasso de bilheteria nos EUA e, apesar de ter influenciado produções vindouras do mesmo filão – inclusive “Matrix” – jamais alcançou boa repercussão, nem mesmo entre os ciclos de cinéfilos especializados em redescobrir boas obras que passaram em branco pelos cinemas.

O nome por trás de “Estranhos Prazeres” é o do diretor e produtor James Cameron. Ele escreveu o roteiro do longa-metragem inspirado nos levantes populares de 1992, em Los Angeles. Para quem não lembra, multidões de afro-americanos destruíram lojas e realizaram saques na cidade norte-americana, depois da divulgação de uma fita de vídeo que mostrava policiais da cidade espancando um jovem negro. Cameron elaborou uma versão ficcional do caso, misturou-a aos então populares relatos sobre o bug do milênio (esperava-se uma pane generalizada de computadores na virada de 1999 para 2000, o que acabou não acontecendo) e criou uma autêntica narrativa cyberpunk.

No filme, Lenny (Ralph Fiennes) é um ex-policial que ganha a vida vendendo uma nova droga proibida por lei: pequenos discos digitais contendo gravações das ondas cerebrais de pessoas passando por experiências radicais. Acoplados a um aparelho especial, os tais discos fazem os usuários sentir todas as sensações e emoções de quem viveu aquela situação real. A trama é disparada depois que Lenny recebe um disco que contém imagens potencialmente explosivas. Ele passa a ser perseguido, e ainda tem que lidar com a ex-namorada por quem é apaixonado (Juliette Lewis) e com o roqueiro violento que está saindo com ela (Michael Wincott). Para resolver o caso, Lenny conta apenas com a ajuda de dois amigos, um detetive (Tom Sizemore) e uma agente de segurança (Angela Bassettt).

Embora recorra a clichês do gênero, especialmente no terceiro ato, “Estranhos Prazeres” se beneficia do excelente elenco e do trabalho minucioso na área visual. A fotografia é sensacional, com destaque para as seqüências subjetivas, em que a câmera – um aparelho construído especialmente para o filme – assume o ponto de vista de quem está usando o disco-droga. Também é ótima a ambientação futurista-distópica, reembalada de “Blade Runner” (1982) e que influenciou decisivamente thrillers futuristas como “Minority Report” e “Matrix”. Por fim, a trilha sonora, com canções de Tricky e PJ Harvey (cantada no filme por Juliette Lewis), é outro destaque.

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Título Original: Strange Days
Gênero: Ficção Científica
Tempo de Duração: 145 min
Ano de Lançamento: 1995
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 479 mb

Força Sinistra(Life Force)


O cineasta Tobe Hooper ficou famoso por ter realizado os clássicos O Massacre da Serra elétrica e Poltergeist, e depois ter se afundado num abismo de filmes ruins, do qual nunca conseguiu se reerguer. Mas muita gente se esquece que antes de mergulhar na lama ele fez outro filme memorável: Força Sinistra (1985), que no início dos anos 90 era um dos recordistas de reprises na rede globo.

No filme, um grupo de astronautas vai ao espaço numa expedição para explorar o Cometa Halley. Ao chegarem próximos do cometa, o radar detecta uma nave gigantesca no rastro do corpo estelar. Intrigados, os astronautas resolvem penetrar na nave, e acham em seu interior vários invólucros com corpos de aparência humanóide. Para fins de estudo, eles levam três dos invólucros para sua nave, incluindo um que contêm uma linda “mulher” em seu interior.Alguns dias depois, a nave perde contato com a Terra, que resolve enviar outra expedição para ver o que aconteceu. Chegando lá, os novos astronautas acham todos os tripulantes mortos e os invólucros intactos. Eles os levam para a Terra, onde a mulher passa por uma série e exames e avaliações, que acabam não revelando muita coisa. Depois de dias de pesquisa, a mulher acorda repentinamente e começa a sugar a energia vital de todos ao seu redor, transformando-os em vampiros de energia.

Original mistura de terror e ficção científica, o filme é um dos melhores dos anos 80. Ao apresentar uma nova versão do mito do vampiro, o filme fugiu dos clichês desse popular subgênero do horror e se tornou um cult. Contando com excelentes efeitos especiais para a época, e bom elenco, o filme surpreendeu ao se tornar um grande fracasso de bilheteria na época de seu lançamento. Aparentemente, o público o achou estranho demais...

Um dos destaques do filme é a envolvente narrativa lenta e misteriosa, que lembra os clássicos do terror e da ficção científica dos anos 50, como “Vampiros de Almas” e “A Bolha assassina”.

Indicado principalmente para fãs de terror e ficção científica, “Força Sinistra” é entretenimento garantido.

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Título Original: Lifeforce
Gênero: Terror / Ficção Científica
Tempo de Duração: 116 min
Ano de Lançamento: 1985
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 402 mb


quinta-feira, 16 de julho de 2009

IT


Derry, no maine é uma pacata cidade que foi aterrorizada 30 anos atrás por um ser conhecido como ?A Coisa?. Suas vitimas eram crianças, ele se apresentava na maioria das vezes como o palhaço Pennywise. Com essa forma, ele reaparece 30 anos depois. Quem sente sua presença é Michael Hanlon (Tim Reid), um bibliotecário e um único, de um grupo de sete amigos, que continuou morando em Derry. Assim ele liga para seus sete amigos que juraram um dia combater A Coisa. Porém esse juramento pode lhes custarem a vida.

Essa é praticamente a sinopse do filme, e de certeza não empolga nem um pouco, mas "It" é um bom filme de terror e tem uma historia interessante onde alem do terror é explorado bastante a vida de cada personagem.

Esse é mais um daqueles filmes de Stephen King que são produzidor para a TV e tem mais de 4 horas. O filme é dividio em dois atos, o primeiro é a infancia das 7 crianças e o segundo é ja na fase adulta dos personagens.

O primeiro ato do filme é muito bom, é extremamente assustador, o palhaço Pennywise consegue meter medo em qualquer machão, e oque acho legal que as vezes o filme parece ser mais um drama pois explora bastante a vida e os problemas de cada uma das crianças, com isso criando uma maior identificação e ligação com cada personagem, assim nas horas de terror você sente mais medo e torce pelo sucesso deles.

Ja o segundo ato é um desastre total, o atores escolhidos são pessimos, atuações horriveis e varias cenas constrangedoras e sem sentido. Como em um dialogo no final do filme onde um dos personagens do nada esta chorando e fala que é virgem, isso sendo um assunto nunca tocado em mais de 4 horas de filmes e nenhum dos outros personagens comentam sobre isso, desnecessario demais. Mas ate que é razoavel esse ato, oque estraga por completo é o final do filme onde muda totalmente o filme, de um palhaço demoniaco ele vira um monstro aranha com efeitos especiais piores que os das epocas de 50. Não tem como comentar muito o final porque seria um spoiler muito grande, mas é trash e ruim demais, consegue estragar um filme que poderia estar entre os classicos do terror. Mesma coisa que aconteceu com outro bom filme de Stephen King, "Fenda no Tempo", onde o filme é otimo, ate chegar o final e estragar tudo com efeitos especiais que fazem o espectador dar risada e estragando o filme.

Eu nunca li o livro, mas as pessoas que leram falaram que foi uma pessima adaptação, mas isso é uma coisa comum, geralmente as pessoas que leram o livro antes de assistir os filmes acabam não gostando porque ao ler o livro cada um imagina como são as coisas e o filme é apenas uma delas.

Mas recomendo o filme, acho muito bom ele, pena que o segundo ato e o final deixar a desejar comparado com o primeiro. Não é uma obra-prima, mas é mais um dos otimos filmes de Stephen King.

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Título Original: IT
Gênero: Terror
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

Maratona da Morte(Marathon Man)


Dustin Hoffman é Babe, tranquilo universitário e maratonista que acaba enredado numa complicada trama mortal envolvendo um fugitivo nazista, Christian Szell. Laurence Olivier foi indicado ao Oscar por sua brilhante atuação como o sádico Szell, que transforma utensílios dentários em instrumentos de tortura. Baseado no best-seller de William Goldman, o filme eletrizante mantém o suspense até o final.

A história conhecidíssima: durante as gravações de “Maratona da Morte” (Marathon Man, EUA, 1976), o veterano Laurence Olivier encontrou com o colega de elenco Dustin Hoffman durante um vôo de Nova Iorque a Los Angeles. Espantado com as olheiras do ator, o astro inglês lhe perguntou o que andara fazendo para ficar daquele jeito. Dustin respondeu que havia ficado três noites sem dormir, para filmar uma cena em que seu personagem ficava… três noites sem dormir. Chocado, sir Olivier faz a pergunta que se tornaria lendária: “Mas Dustin, por que você simplesmente não interpreta? É mais fácil!”

A anedota ganhou uma tremenda fama entre as rodas de atores em Hollywood, porque expunha de maneira crua o duelo entre os dois métodos de interpretação mais importantes desenvolvidos no século XX. Uma vinha da tradição teatral inglesa, mais intelectual do que física, e tinha o próprio Olivier – mestre das peças de Shakespeare – como maior representante; a outra era a técnica proposta por Lee Strasberg, do Actor‘s Studio, com base nos estudos do russo Stanislavski. Criado nos anos 1950, “O Método” propunha um mergulho total do ator dentro do personagem para interpretá-lo em todas as suas nuances. Marlon Brando era seu ícone máximo.

O fato é que a história foi publicada pela revista Time e acabou ganhando status de lenda urbana. Seria verdade? O DVD de “Maratona da Morte encerra a questão de uma vez por todas. O próprio Dustin Hoffman relembra o fato num dos dois documentários (45 minutos, ao todo) que acompanham o disco. Hoffman confirma a história toda, com uma única ressalva: “Eu nunca disse que havia ficado três dias acordado apenas com o objetivo de interpretar a cena; lembrem-se que aquela era a época da Studio 54 (boate famosa em Nova York na década de 1970)”, diz, sorrindo maliciosamente.

O duelo de interpretação entre dois ganhadores do Oscar, representantes de estilos tão distintos, permanece como maior atração do filme. É uma briga sem vencedores – quase saem faíscas da tela. Hoffman encarna um atormentado estudante de pós-graduação, Babe, que luta para explicar o suicídio do pai, ex-professor universitário, e cronometra longas corridas diárias. Ele é acidentalmente envolvido numa trama internacional de espionagem que começa com uma prosaica discussão automobilística entre dois velhinhos. A tal briga acaba num acidente que pode terminar por revelar o paradeiro do mais procurado carrasco nazista foragido: o dentista alemão Christian Szell (Olivier), autor das experiências mais atrozes da II Guerra Mundial.

“Maratona da Morte” pode ser inserido no contexto dos filmes policiais que vieram no rastro do sucesso de crítica e público de “Operação França” (1971). O uso prioritário de locações abertas é uma influência clara; a direção de fotografia num estilo cru, quase documental, com câmera tremida e luz natural, é outra. As cenas feitas embaixo da Ponte do Brooklyn fazem a homenagem mais explícita. O cineasta John Schlesinger conduz a trama com perfeição milimetricamente estudada. No início, são narradas várias histórias paralelas (a discussão dos velhinhos, o cooper estressado de Dustin Hoffman, uma inocente paquera na biblioteca da faculdade). Elas se cruzam, aparentemente sem ligação, e vão ganhando camadas extras de significado à medida que o filme anda.

O aparecimento de Olivier, sádico e feroz, proporciona uma seqüência antológica do cinema moderno: o carrasco nazista (inspirado em Joseph Mengele, que vivia anônimo no Brasil na ocasião) tortura o estudante numa cadeira de dentista, enquanto repete dezenas de vezes uma única frase, para desespero de um atordoado Hoffman: “É seguro?”. Passo a passo, contando com as presenças marcantes e charmosas de Roy Scheider (“Tubarão”) e da atriz suíça Marthe Keller, o cineasta conduz o filme a um final explosivo. De quebra, o espectador ainda ganha uma das cenas de perseguição mais bacanas do cinema, quando os comparsas do nazista tentam, de carro, pegar Dustin Hoffman correndo descalço e de madrugada entre becos e viadutos da Big Apple.

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Título Original: Marathon Man
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 125 min
Ano de Lançamento: 1976
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 413 mb

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Tubarão(Jaws)


"Tubarão" pode ser considerada a obra-chave para compreendermos a carreira de Steven Spielberg. Em 1975, Spielberg ainda não passava de um cineasta promissor com dois filmes bons no currículo ("Encurralado", sua estréia no cinema, e "Louca Escapada", 1971 e 1974, respectivamente). Porém, veio "Tubarão" e apresentou ao mundo aquele que viria a se tornar um dos maiores artesãos do cinema em todos os tempos. Apesar da recepção silenciosa num primeiro momento, bastou "Tubarão" atingir o público jovem, no verão de 75, para Spielberg entrar para história.

Além de inaugurar o termo blockbuster, que nada mais é do que o filme destinado ao público jovem, geralmente sem cérebro algum ou história coerente, mas com muitos efeitos especiais e cenas rápidas e, de preferência, com bastante ação, Spielberg dirigiu o filme mais visto na história do cinema, com 62 milhões de espectadores. Posto isso, o leitor mais atento pode desconfiar da idoniedade desta crítica, afinal, no começo deste parágrafo é destacado que blockbusters geralmente não possuem um roteiro coerente, sendo filmes feitos na medida para o divertimento das platéias juvenis. Mas, para toda regra há exceção (com o perdão do trocadilho).


Nada é vago em "Tubarão". Spielberg conta uma história por trás dos ataques do tubarão e mostra que a crise familiar iria se tornar um tema recorrente em seu projeto de cinema. Em 1975, o realizador Steven Spielberg levou ao ecrã a novela campeã de vendas de Peter Benchley, e fê-lo com uma incrível intensidade e um angustiante suspense. "Tubarão", marcou para sempre os espectadores de todo o mundo, aterrorizando apenas com estas palavras: "Não entre na água". Uma vez instalado o pânico, Roy Scheider, Richard Dreyfuss e Robert Shaw unem esforços na luta desesperada para acabar com as quase três toneladas do terrível assassino branco.


Mesmo tendo como base a odisséia de um xerife, um ictiologista e um veterano pescador, "Tubarão" dissemina uma subtrama interessante. O personagem de Roy Scheider, o mais estudado dentre o trio de protagonistas principais, marca o início de um estudo bem pessoal da carreira de Spielberg. O xerife Martin Brody (Scheider) passa por maus bocados dentro de casa e isso serve como um bom pano de fundo para a história principal. Spielberg não perde o foco da narrativa e segura as duas horas de duração facilmente.

Assim como todo o trabalho, a trilha de "Tubarão" entrou para a história. Com apenas duas notas, o mestre John Williams compôs o acorde mais fantástico do cinema (obviamente inspirado no clássico "Psicose", de Alfred Hitchcock. E foi assim, com um boneco mecânico e com uma edição impecável, que o cinema se rendeu ao talento de Steven Spielberg. Mesmo após as três continuações deploráveis que o longa recebeu (o que pode ter confundido a cabeça do público mais desinformado), "Tubarão" ainda é e sempre será um clássico.

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Título Original: Jaws
Gênero: Suspense
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português