terça-feira, 14 de julho de 2009

Invasores de Corpos


Com certeza a história deste filme exerce algum tipo de magnetismo sobre o público americano. De outra maneira, como explicar que a mesma história (originalmente um filme B) já tenha sido refilmado mais duas vezes, sem que as versões anteriores tenham sido grandes estouros de bilheteria? Foram bem, mas nada que justificasse tanto alvoroço.

Nesta segunda versão (a primeira é de 56, dirigida por Don Siegel; e a terceira é de 94, estrelando Forest Whitaker e Gabrielle Anwar), Donald Sutherland interpreta Matthew, um inspetor do Departamento de Saúde obcecado por seu trabalho e interessado em uma de suas assistentes, Elizabeth. Até que, certo dia, a moça revela estar preocupada com seu marido, um dentista, que mudou radicalmente de comportamento. De acordo com Elizabeth, seu marido não é mais o mesmo, e passou a andar com um grupo de pessoas cujo comportamento é igualmente estranho.

Porém, Matthew não dá a devida atenção à moça. Isso até que um outro conhecido lhe faz uma confidência semelhante: sua esposa também anda agindo de modo estranho. E o que parecia ser um fato isolado se torna comum: várias pessoas começam a estranhar o comportamento de seus respectivos companheiros. O primeiro a notar esta estranha `epidemia` é o psiquiatra David Kibner (interpretado por Leonard `Sr. Spock` Nimoy), amigo de Matthew.

Logo os heróis descobrem que algo de muito estranho anda acontecendo: as pessoas da cidade estão sendo gradualmente substituídas por uma espécie de `clone`, e ninguém sabe como nem porquê. Até que Matthew e seus companheiros passam a ser perseguidos pelos sinistros `invasores de corpos` e a caçada tem início.

Esta história, aparentemente ingênua, pode ser interpretada de várias maneiras possíveis (e foi): como crítica velada ao McCarthysmo; como representação da paranóia americana com relação à `ameaça` comunista; e, na versão mais recente, como uma referência à AIDS. Mas nada disso interessa: o que importa é que esta versão de Os Invasores de Corpo é tensa e bem-realizada (eu ainda não tive o prazer de ver a versão original, de 56, mas não acredito que este filme fique devendo muito a ela).

Donald Sutherland cria um Matthew frenético, que acredita que seu trabalho é o mais importante do mundo. Ele age como se o fato de um restaurante ter ou não fezes de rato na comida fosse capaz de mudar o destino da humanidade. Suas investigações são dignas de qualquer Sherlock Homes ou Hercule Poirot. Ele é, em suma, um homem que ama o que faz. Leonard Nimoy, ainda na fase pré-Jornada nas Estrelas (a série de cinema, obviamente, e não a da tevê), empresta todo o seu talento ao personagem mais ambíguo da trama, a quem o público não sabe se devota sua confiança ou suas suspeitas. Quanto a Jeff Goldblum... bem, basta dizer que ele já era Jeff Goldblum, com todos os seus tiques característicos de interpretação. Os demais atores estão corretos, e só isso.

Uma das falhas do filme é, curiosamente, entrar rápido demais na trama. Logo de cara Elizabeth percebe que seu marido não é mais o mesmo, e isso soa um pouco forçado. Será que não se pode ter um comportamento ligeiramente diferente do usual sem que alguém pense que não somos mais os mesmos? Fora isso, o filme lida bem com sua historinha despretensiosa.

Trailer do Filme

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Titulo Original: Invasion of the body snatchers
Gênero: Ficção Científica
Tempo de Duração: 115 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1978
Formato: Rmvb
Legenda: Portugues

Um comentário:

  1. Assisti ontem, pela segunda vez a versão de 78. Concordo com essa pequena falha no tocante à Elizabeth. Fora isso o longa é muito bom. Gostei do seu blog. visite o meu lapadanopancreas.blogspot.com

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