terça-feira, 30 de junho de 2009

A Tempestade do Seculo


Quando se ve a capa de um filme e ele carrega o nome de Stephen King, sempre fica-se com um pé atras de assisti-lo. Pode ser tanto uma obra-prima do cinema ou uma bomba nuclear. "A Tempestade do Seculo" entra na categoria dos otimos filmes do escritor.

"A Tempestade do Seculo" é um filme que pouquissimas pessoas assistiram, ele ainda não foi lançado em DVD e nem tem previsão para que isso aconteça. Esse longa não é baseado em nenhum livro do autor, e foi um roteiro escrito especialmente para o filme. Ele foi produzido em 1989 e para ser exibido na rede de televisão ABC em 3 partes. A unica midia que encontramos do filme no Brasil é em VHS.

Com quase 4 horas e meia de duração, poucas pessoas vão ter coragem de encarar um filme tão longo, mas o diretor conseguiu criar um clima de suspenso tão tenso que você não consegue desgrudar da tela e essas 4 horas de filmes passam voando. Claro que assistir 4 horas sem parar é dificil, não é a toa que o filme não foi feito para assistir de uma vez, eu vi em duas partes.

O cenário da história é a pequena ilha pertencente ao Estado norte-americano do Maine, chamada Little Tall, onde os moradores estão se preparando para enfrentar a pior nevasca dos últimos anos. Nesse mesmo período, chega à cidade um estranho chamado Andre Linoge (Colm Feore, de O Exorcismo de Emily Rose, 2005). O sinistro sujeito conhece todos os segredos dos habitantes, incluindo os mais obscuros, gerando uma situação de desconforto e, posteriormente, de controle perante as pessoas. O visitante provoca medo nos moradores, que presos pela tempestade, não têm como fugir dele.

Apesar de ser um excelente filme, A Tempestade do Século teve fraca divulgação quando lançado no Brasil. O tempo de duração também não ajudou em um maior interesse pelas fitas, que eram duas. Como ainda não foi lançado nacionalmente em DVD e com a maioria das locadoras de VHS fechadas, o filme começou a desaparecer, o que deve ser considerado uma grande perda para um gênero. Se você tiver a sorte de achar esta preciosidade em algum bazar de vídeos ou locadora que tenha falido e esteja vendendo seu estoque por R$ 2,99, não pense duas vezes e o compre. Ou então você pode baixar o mesmo pela internet ou até importar o DVD. Desta forma, quando os seus amigos forem fazer aquela sessão de cinema na sua casa, pode ter o orgulho de dizer que vão assistir um dos melhores filmes de suspense da história.

Trailer do Filme


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Título Original: Storm of the Century
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 4h16min
Ano de Lançamento: 1999
Qualidade: VHSRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Portugues
Tamanho: 746 Mb

Fome de Viver(The Hunger)


"The Hunger", o título original, tem muito mais a ver com o filme em si do que o título traduzido. Não que ele tenha sido mal escolhido, mas "Fome de Viver" dá mais aberturas às interpretações metafóricas e subjetivas. Aliás, ele não está errado nesse propósito. O filme, apesar do terror, tem idéias decentes para uma discussão. Mas "The Hunter" resume melhor a idéia da produção e teria podado minhas asinhas em relação à sua história.

Tudo acontece em Manhattan, Nova York. Mirian Baylock (Catherine Deneuve) é uma bela mulher que vive com seu parceiro John Baylock (David Bowie) em uma luxuosa mansão decorada com peças de arte raríssimas. Acontece que John começa a envelhecer de forma brusca e rápida, sendo logo tomado pelo desespero e pela irritação diante da indiferença de Mirian, que parece já prever aquilo tudo. Ele, então, procura a Dra. Sarah Roberts (Susan Sarandon), uma cientista especializada na busca pelo antídoto do envelhecimento, tido para ela como uma "doença" que pode ser curada. Para decepção de John, Dra. Roberts não acredita na sua história absurda e o ignora. Ao perceber que ele não estava louco, Sarah tenta remediar o julgamento errôneo, mas John, que já tinha perdido tempo demais, vai embora. Insistente, Sarah vai até a casa dos Baylocks, mas não encontra John. Misteriosamente, ele havia sumido. Ela, então, conhece sua esposa, Mirian. A partir daí, uma relação estranha entre as duas começa e Sarah logo se vê envolvida em uma trama que jamais imaginaria encontrar.

O longa-metragem, para mim, não se ocupa em contar uma história de começo, meio e fim. Ele mais me pareceu um recorte de uma história. Vemos, sim, o começo, o meio e o fim de um filme, mas ficamos longe de compreender de verdade a história daquelas criaturas. Muito já aconteceu, muito do que acontece não nos é explicado e muito ainda virá a acontecer.

A única coisa que é presente em todos os momentos do filme é o mistério. Nada é esclarecido de forma completa. Os diálogos são mínimos e precisos. Isso talvez seja o ponto destaque do projeto, além de sua produção específica, com maquiagem e figurino típicos do estilo adotado.

O diretor Tony Scott – que antes seria Alan Parker ("Mississipi em Chamas" e "A Vida de David Gale") - conseguiu um cult-gótico memorável. Ao contrário de muitos filmes de terror, "Fome de Viver" passa longe de ser explícito. O tom vampiresco vem das sutilezas e não do óbvio. Não vemos caninos, veias abertas ou violências bizarras. Vemos juras de "para sempre e sempre", flashes atemporais, o ar clássico típicos dos grandes vampiros e, óbvio, o sangue, abordado muito mais poeticamente do que como tinta para encher os olhos do telespectador com horror.

Outro filme que não usou a imagem padrão de vampiro, e que exigiria muito mais tais recursos, foi o filme "Drácula", de 1979, com o ator Frank Langella. Todavia, apesar da ausência de caninos, o longa tem todas as situações que deságuam em um desfecho de amor, crime, sedução e morte.

Temos, então, em "Fome de Viver" uma quebra com o óbvio, temos uma adaptação, ou, talvez, uma evolução. Vampiros sem caninos, sem cruzes, sombrios, porém destemidos do sol. Se, por um lado, Scott fugiu das linhas comuns, outro traço foi exagerado, mas ainda cheio de significado. Estamos falando do estigma da beleza.

Catherine Deneuve exala elegância. Linda. Certamente, a vampira mais atraente que já passou pelas telas do cinema. Ícone da beleza. David Bowie já pode levantar controvérsias, mas ninguém pode dizer que ele não esbanja estilo e ousadia, além de elegância. E, por sinal, acho que ele é estranhamente sedutor. Esse ar de beleza envolvente e assassino só me lembra de um personagem do escritor inglês Oscar Wilde: o belo e ambicioso Dorian Gray. O rapaz que temia envelhecer e fez um pacto para manter sua beleza eterna com a condição de nunca olhar o quadro que envelheceria em seu lugar. John lembra o desespero de Dorian. Afinal, qual o preço a se pagar por querer ser dono do tempo e viver várias vidas? A vontade de driblar o tempo é um dos grandes anseios do homem.

O filme apresenta seqüências caóticas. Um sutil paralelo entre a vida humana e a vida animal é traçada. Dois tipos de vidas tão diferentes e tão iguais. Ambas ligadas pela "doença" do envelhecimento. Muitas idéias e sensações são passadas não pelo diálogo, mas pela seqüência de imagens.

A trilha sonora é bastante adequada. Apelando tanto para o rock gótico - como a banda Bauhaus que canta "Bela Lugosi is Dead", uma apologia à morte do grande ator que personificou Drácula no cinema – como apela para a música clássica, típica da tranqüilidade fria dos vampiros. Ora tensa e agressiva, ora clean e calma, a música serve para dar o tom intencional nas seqüências exatas. Ela assume o papel de musa, fazendo referência à história da arte aqui. E já que estamos falando em significados, os óculos escuros, tão usados no figurino do casal Baylock, me lembraram da simbologia das máscaras, reforçando a força do desconhecido.

Agora, uma seqüência não pode ser ignorada: a cena de amor entre Mirian e Sarah. Sarandon e Deneuve deixando os mais tradicionais de cabelo em pé. Há quem diga que a cena foi desnecessária, outros ficaram abismados... Dentro do filme, ela tem sua serventia e sua explicação. Talvez devesse apenas ser diminuída, mas não deixa de ser um espetáculo para quem vê.

Enfim, cada um que tire suas próprias interpretações. "Fome de Viver" traz questionamentos, terror, mistério. E, no final, eis a grande dúvida sobre a maldição ou privilégio dos personagens, ao som da sonata para violino e piano de Franz Shubert, lembrando, apesar do terror e do gótico, o ar de poesia e beleza que foram pano de fundo de todo o filme.

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Título Original: The Hunger
Senha: http://langolierss.blogspot.com/
Gênero: Terror
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

Quatro Irmãos


'Quatro Irmãos' chegou nos cinemas sem muito enfoque, e acabou fazendo um sucesso mediano. Afinal, mesmo sem um ataque de marketing, o filme tem um elenco de estrelas e é adrenalina pura... Mas ainda assim falta algo.

Quatro irmãos adotados (Mark Wahlberg, Tyrese Gibson, André 3000 e Garrett Hedlund) vão juntos sepultar a mulher que os criou. No funeral, eles descobrem que a mãe pode ter sido assassinada e procuram fazer vingança.

Com um visual saudosista anos 70, o filme acaba divertindo por sua velocidade e facilidade em deslanchar a história, além de cenas de ação não tradicionais e um estilo visual não visto á muito tempo.

Trabalhando a pensonalidade de cada um dos irmãos, John Singleton conseguiu personagens vivos e bem estruturados. O elenco segura a situação, com destaque ao sempre eficaz Mark Wahlberg, que se destaca como o pavio-curto Bobby Mercer. Temos também a primeira entrada de André 3000 (do grupo Outkast) em Hollywood, se dando bem no papel do pai de família Jeremiah.

'Quatro Irmãos' é um filme bem estruturado, dirigido de uma maneira leve e com uma ação mediana. Uma boa pedida para os fãs de ação e policial.

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Título Original: Four Brothers
Gênero: Ação
Tempo de Duração: 108 min
Ano de Lançamento: 2005
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 319 mb

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O Poderoso Chefão, Parte III


Produzido dezesseis anos depois da segunda parte, O Poderoso Chefão - Parte III é o filme que mais se distancia dos demais na trilogia. É também o que menos agradou. Algo que não consigo entender porque, já que apesar de fugir de algumas características dos primeiros filmes, a terceira parte é tão forte e dramática quanto as outras duas e, em certos aspectos, muito mais ousada. A primeira grande diferença que percebemos é que Coppola abandonou os ambientes fechados e escuros tão comuns as outras duas partes. Com várias externas e ambientes sempre iluminados - geralmente usando cores fortes como os vermelhos e amarelos de igrejas -, esta mudança visual está diretamente ligada aos caminhos de Michael Corleone, agora já nos sessentas anos e pensando em quem sucederá o controle da família.

Como uma tendência a todas as grandes empresas com o fim do século XX, a família Corleone também está em busca de acordos internacionais e, uma novidade para o meio, de forma legal e limpa. Com um acordo envolvendo mais de setecentos milhões de dólares, Michael tenta se tornar sócio do banco do Vaticano, assumindo o controle de uma grande empresa ligada a igreja católica. A falta do submundo de ruas e becos sujos dos outros filmes pode frustrar os fãs, mas é brilhante a maneira como o roteiro - ainda de Puzo e Coppola - mostra toda a corrupção e teia de interesses que ditam as regras nas grandes corporações, mesmo (ou talvez, principalmente) quando a igreja está por trás. Com a intenção de `limpar` os negócios da família, Corleone percebe que tão sujo quanto seu passado, os novos negócios são também muito perigosos quando não agradam a alguns. A corrupção por trás da igreja católica é evidenciada sem medo e no final, percebemos que tudo ainda é o mesmo jogo sujo de antes, mas com ar mais equilibrado e `legal`, só porque agora eles têm advogados e brechas em leis.

A linha dos negócios da família é um pouco menos explorada neste filme e fica evidente o interesse em mostrar quem Michael Corleone se transformou. Atormentando pelos crimes e pelas pessoas, que a seu mando, morreram, Michael é um homem solitário e infeliz. Kay só o visita em situações especiais - como a seqüência inicial em que é condecorado com uma grande honraria pela igreja, algo que, como a própria Kay classifica, é ridículo - e os filhos são o único motivo de ligação entre os dois, apesar de Michael obviamente ainda a amar e provavelmente se arrepender de tê-la deixado ir embora. Mas fica claro que ele jamais voltaria atrás e que agindo como agiu, foi a única maneira que encontrou de manter a família - o epicentro de toda a trilogia - forte e unida, mesmo quando manda matar o próprio irmão. Há, no entanto, a boa vontade de sua parte de não cometer erros novos, como por exemplo, quando concorda que o filho abandone a faculdade a direito e se torno um cantor profissional ou quando exige que Vincent deixe sua filha. Sem esperanças de que seu próprio filho possa assumir o comando da família, Michael passa a depositar sua atenção em seu sobrinho, Vincent. Interpretado por Andy Garcia - que tem uma forte semelhança com Al Pacino jovem -, Vincent tem o gênio de seu pai, Sonny, e ensiná-lo de que a violência e morte não são sempre o melhor caminho a serem tomados será um desafio para Michael. Al Pacino é o próprio Michael Corleone e consegue mostrar neste filme um lado ainda mais humano do que aquele Michael do segundo, como na bela cena em que se confessa. Diane Keaton - agora com um rosto que podemos reconhecer - também consegue acrescentar um pouco mais de sensibilidade a sua personagem.

O ponto de discórdia comum, que muitos consideram o suficiente para derrubar o filme, é Sofia Coppola como a filha de Michael. Não irei repetir tudo o que já disseram sobre as tendências de nepotismo de Coppola nem sobre a incompetência de Sofia. Basta dizer que durante todo o filme ela usa a mesma expressão que vimos na última cerimônia do Oscar. Incomoda, mas não chega a estragar o resultado final. Principalmente quando assistimos a linda seqüência da ópera Cavalleria Rusticana, estréia do filho de Michael como cantor. Brilhantemente sincronizada com a execução de um plano para matar Michael, a seqüência é tão bela e memorável como o atentado contra Vito no primeiro filme ou o assassinato de Fanucci no segundo.

O nó na garganta que acompanha o fim da seqüência não é só resultado de belo trabalho de Coppola neste filme - amplificado pela ópera -, mas na construção desta que é certamente uma das mais belas trilogias já feitas pelo cinema. Com O Poderoso Chefão - Parte III, Coppola parece colocar um ponto final em sua missão de levar as telas os dramas da família Corleone, mas deixa claro que a saga de família como aquela não tem um fim.

Apesar de ser um otimo filme, ele é disparado o mais fraco da triologia. Mas depois de dois filmes praticamente perfeitos seria mesmo muito dificil manter o mesmo nivel.

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Título Original: The Godfather - Part III
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 172 min
Ano de Lançamento: 1990
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 567 mb

Uma Mente Brilhante


Fim do Globo de Ouro, Uma Mente Brilhante é premiado e Russell Crowe também, o primeiro pensamento foi... Russell Crowe o ator que adora se transformar, quem já viu O Informante sabe do que estou falando, L.A Cidade Proibida ou até mesmo Gladiador. Agora Russell era um esquisofrênico... simplesmente imperdível!

De uma forma simplista posso falar que Russell dá um show, e que Uma Mente Brilhante é bom filme, mas isso seria injusto. Então, logo nas primeiras cenas, podemos esquecer completamente todos os filmes de Russell, porque ele não está lá... e sim John Forbes Nash, Jr. Com seu andar estranho, um olhar meio perdido, sua forma direta de e honesta de falar, impaciênte e claro com uma mente brilhante!

A cada cena, preste atenção nos pequenos detalhes, Russell nos transmite muita coisa com um simples olhar, como quando está no hospital e descobre que o implante não estava em seu braço, ou até mesmo durante um tiroteito, podemos sentir todo o medo estampado em seu olhar, entre milhares de cenas.

Mas, com o passar das horas somos nós todos levados para dentro do drama de Nash e sua familia, muito bem mostrado em uma cena onde sua esposa desabafa no banheiro toda pressão que carrega, aliás Jennifer Connelly está bem no filme, mas sempre como coadjuvante, nada além,assim com Ed Harris.

Apesar de algunas cenas onde foram preparadas para o choro, não são colocadas sem uma razão muito pelo contrario estão no momento certo de forma simples.

Assim como toda a historia em que podemos acompanhar progrecivamente sua doença cada vez mais se agravando. Filme ganhador do Oscar. Não deixe de conferir!

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Título Original: A Beautiful Mind
Gênero: Drama
Tempo de Duração:
Ano de Lançamento: 2001
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 440 mb

Os Infiltrados(The Departed)


Martin Scorsese é o tipo de cineasta que gosta de filmar histórias tipicamente norte-americanas. Os Infiltrados é uma delas, apesar de seu roteiro ser inspirado em Conflitos Internos (2002), de Hong Kong. Trata-se de um filme inteligente, complexo e repleto de reviravoltas. Aqui, nada é o que parecer ser e esse é o maior encanto da produção. A bandeira norte-americana está em todos os lugares avisando: isto é a América. Acostume-se.

Os infiltrados do filme são Colin (Matt Damon) e Bill (Leonardo Di Caprio). Apesar de terem crescido no subúrbio de Boston, num bairro dominado por descendente de irlandeses (como eles mesmos), os dois não se conhecem. Cada um está do seu “lado” da história: Colin é membro de uma gangue infiltrado na polícia local; Bill é o policial trabalhando secretamente entre os bandidos. A trama tem mocinhos e bandidos, mas não é maniqueísta. O mocinho parece bandido, o bandido parece um mocinho. As coisas não são tão simples quando aparentam ser e esse é o grande trunfo de Os Infiltrados : o espectador é desafiado a pensar o tempo inteiro e seduzido a acompanhar atentamente esta violenta e fascinante trama. Seus personagens cheios de duplicidades, de construção complexa e boas interpretações.

Jack Nicholson, como sempre, dá um espetáculo na atuação do personagem que exerce o importante papel de ser o mais forte elo de ligação entre os dois infiltrados. Nos primeiros momentos que ele aparece, a fotografia – de influência noir ao trabalhar luzes e sombras – o esconde, existe uma aura de mistério em seu personagem, aos poucos revelada. Há muita complexidade nesta história que, em muitos momentos, lembra o “clássico dos clássicos” em se tratando de filmes de gângsteres: O Poderoso Chefão (1972). O filme também remete a um dos melhores momentos de Scorsese como cineasta, em Os Bons Companheiros (1990). São filmes complexos, com personagens repletos de profundidade envolvidos em tramas que sofrem reviravoltas e envolvem o espectador de forma fascinante. Por isso, se o filme de Coppola é um dos maiores clássicos de sua época, Os Infiltrados tem tudo parar marcar o cinema norte-americano atual.

Em tempo: a trilha sonora também merece destaque. Afinal, Martin Scorsese é um cineasta que dá atenção à música. Produziu a série The Blues e dirigiu o documentário No Direction Home , sobre Bob Dylan, só para citar alguns exemplos. Em Os Infiltrados , logo na primeira cena, Scorsese mostra Jack Nicholson caminhando vagarosamente ao som de Gimme Shelter , do Rolling Stones, numa cena primorosa também por causa da música. The Beach Boys, Allman Brothers e John Lennon também dão o ar da graça nesta trilha, que apresenta a pouco conhecida banda punk Dropkick Murphys. Formada em Boston - onde é situada a trama do longa -, mistura riffs pesados à gaita de fole (referência à origem irlandesa dos personagens).

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Título Original: The Departed
Gênero: Ação
Tempo de Duração: 152 min
Ano de Lançamento: 2006
Qualidade: DVDRip
Formato: Avi
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 701 mb

domingo, 28 de junho de 2009

Contato


Durante boa parte das décadas de oitenta e noventa, Robert Zemeckis foi um dos mais importantes cineastas norte-americanos. Ao contrário do que muitos acreditam, sua influência não se deveu unicamente aos avanços realizados no campo da tecnologia e dos efeitos especiais, como a interação entre desenho animado e live action em Uma Cilada para Roger Rabbit e a união entre imagens de arquivo com atuais em Forrest Gump - O Contador de Histórias. Zemeckis também criou alguns dos melhores e mais adorados filmes americanos deste tempo, como a trilogia De Volta para o Futuro e a própria história do homem que via a vida como uma caixa de chocolates.

Contato, realizado três anos após Forrest Gump, normalmente não figura entre as obras mais lembradas do diretor, o que é uma pena: trata-se de um dos melhores e mais inteligentes filmes saídos de Hollywood durante toda a última década. Baseado em uma obra de Carl Sagan, Contato conta a história de uma brilhante astrônoma, vivida por Jodie Foster, que recebe uma mensagem vinda de fora da Terra. Esta mensagem, na realidade, traz informações matemáticas que contém instruções para a montagem de uma máquina gigantesca, que pode se servir de transporte para o ser humano entrar pela primeira vez em contato com seres de outro planeta.

Engana-se quem pensa que Robert Zemeckis e os roteiristas James V. Hart e Michael Goldenberg (com o apoio de Sagan) têm como objetivo realizar apenas mais um filme recheado de ação sobre alienígenas e naves espaciais. Pelo contrário, a intenção dos realizadores com Contato é construir um retrato realista do que poderia ser o primeiro encontro entre humanos e extraterrestres, em uma história que equilibra com maestria o lado humano dos personagens com importantes discussões sobre fé e ciência. Contato é um filme capaz de entreter como poucas ao mesmo tempo em que estimula o intelecto, oferecendo uma experiência cinematográfica completa como poucas nos dias de hoje.

E isso pode ser percebido logo na primeira cena de Contato. Zemeckis leva o espectador em uma estarrecedora viagem de mais de três minutos pelo espaço, começando em nosso planeta e se afastando até muito longe. Enquanto isso, são ouvidas ondas sonoras provindas da Terra que lentamente vão se tornando mais difíceis de escutar, até longos instantes nos quais nada mais se ouve. Um início brilhante, capaz de fazer o espectador sentir toda a imensidão do universo e, ainda mais importante, o quanto o ser humano é pequeno diante desse todo. A cena ilustra com perfeição uma frase que os personagens dizem por várias vezes durante o filme: “Não sei se existe vida em outros lugares. Mas se fôssemos só nós, seria um imenso desperdício de espaço”.

Diretor com alta capacidade técnica, Zemeckis ainda cria alguns belíssimos truques visuais que ajudam a enriquecer a experiência de assistir Contato. São momentos que vão desde o simples, como a câmera “atravessando” o vidro de uma porta, até os mais complexos, como a impressionante sequência na qual a plateia acompanha a pequena Ellie subindo as escadas e abrindo o espelho do banheiro. Outro momento interessante é o plano-sequência na chegada de Ellie ao Centro de Controle após ela ouvir pela primeira vez a mensagem. Zemeckis segue a personagem desde o carro até chegar à sala, subindo escadas e passando por portas em uma cena que não apenas exibe virtuosismo técnico, como também colabora para transmitir toda a excitação daquele momento.

No entanto, por mais completo que seja em termos visuais, o grande trunfo de Contato é, indiscutivelmente, seu roteiro. Zemeckis contou com a colaboração de Carl Sagan (até a morte do autor, no final de 1996) para não deixar de fora do produto final o embate entre fé e ciência, balanceando este aspecto da trama com o lado dramático e a jornada dos personagens. E o trabalho em conjunto realmente valeu a pena. Tirando um ou outro deslize, Contato apresenta uma trama coesa e provocativa, que não teme abordar profundas questões existenciais e filosóficas enquanto funciona como uma grande aventura, mantendo o espectador sempre interessado naquilo que está acontecendo e ansiando pelo que vem depois.

Em sua essência, Contato é um filme sobre a busca de um sentido maior em nossas existências. Essa reflexão é realizada pela protagonista, a doutora Ellie Arroway. Cientista brilhante, Ellie é uma pessoa excessivamente empírica, que se recusa a aceitar qualquer possibilidade de acreditar em uma força maior como Deus – mesmo que isso possa custar a ela a maior realização de sua vida. Por essa razão, dedica-se de corpo e alma a perscrutar os céus em busca de algum sinal de fora, algo que possa trazer o mínimo de iluminação a essas perguntas. Em certo momento, Ellie responde ao personagem de Matthew McCounaghey, após ele perguntá-la por que ela aceitaria arriscar a vida ao embarcar nessa viagem: “Desde pequena sempre quis saber: por que estamos aqui? Qual o sentido? Se for para encontrar ao menos uma fração da resposta, acho que vale uma vida humana”.

No entanto, Contato não é totalmente desprovido de problemas. Zemeckis e os roteiristas cometem alguns – pequenos – deslizes que poderiam ter sido evitados. O mais claro deles é o romance entre Ellie e Palmer. Não há o menor motivo para os personagens se envolverem dessa forma; acredito, inclusive, que seria ainda mais eficaz se os dois acabassem se tornando apenas confidentes, amigos, um do outro. O romance é tratado de forma rápida e jamais chega a convencer, falha que salta aos olhos assim que o roteiro exige isso do espectador. O mesmo vale para a cena na qual os personagens de James Woods e Angela Basset falam sobre uma gravação da viagem de Ellie: Zemeckis erra ao oferecer ao público uma resposta que ele deveria interpretar por si mesmo.

Mas isso é pouco, muito pouco, diante de tudo o que Contato oferece. Zemeckis, Sagan e os roteiristas não fizeram apenas um filme narrativamente impecável, mas uma obra capaz de desafiar o espectador a pensar. Uma obra que força o público a buscar suas próprias soluções em relação a alguns dos grandes temas da humanidade. Talvez a grande pergunta ao final de Contato é: estamos preparados para algo como o que é visto na trama? Infelizmente, baseado no fato de que um dos grandes filmes dos anos noventa esteja hoje quase esquecido, minha resposta é não.

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Título Original: Contact
Gênero: Ficção Científica
Tempo de Duração: 150 min
Ano de Lançamento: 1997
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 504 mb

O Massacre da Serra Eletrica


Talvez a melhor palavra para definir "Massare da Serra Elétrica" seja aterrorizante, não pela profusão de sangue, violência explícita e gratuita, mas pela atmosfera bizarra e convincente que Tobe Hooper ("Poltergeist, o Fenômeno") criou neste clássico do cinema de horror.

Primeiramente, é importante salientar que o orçamento para o primeiro longa do diretor era baixíssimo, míseros 140 mil dólares (e arrecadou fantásticos 40 milhões). Mas não se engane! Hooper em nenhum momento quis ser trash, ele leva o filme com demasiada seriedade. E por isso mesmo, surpreendeu a todos lançando a continuação do filme, uma excrachada comédia assumida e sangrenta.

"Texas Chain Saw Massacre" foi filmado em 16 mm, o que prejudica bastante a plástica da produção. Por isso o diretor foi esperto ao iniciar o filme com uma narração documental, ou seja, permitindo de certo modo um "amadorismo" na técnica. Tática usada sabiamente bem mais tarde em "Bruxa de Blair".

A história se inicia com cenas de corpos exumados de um pequeno cemitério do texas, em início, com flashs na escuridão de corpos em decomposição, e, logo depois, corpos profanados ao ar livre. Por conta disso, cinco jovens vêm à cidade verificar se seus ancestrais haviam sofrido com o agora famoso maníaco.

Leatherface (Face de couro) aparece mais de meia hora depois do início do filme. Notadamente um imbecial, guiado por instintos primitivos e manipulado por todos os membros de uma família (!) insana. Não perdendo tempo em usar sua marreta e serra "elétrica" e pendurando uma jovem pelo pescoço em um gancho. Assumindo assim, lugar de honra entre os ícones do terror moderno, como Michael Myers ("Halloween"), Freddy Krueger ("A Hora do Pesadelo") e Jason Voorhees ("Sexta-Feira 13").

Não há muito mais a acrescentar no seguimento da trama. É basicamente isso mesmo, uma história simples (como na esmagadora maioria do cinema do horror), porém, chocante e diferente do que se vê hoje em dia. Aposto que você nunca esquecerá da cena em que a família "convida" uma jovem para uma refeição de linguiças produzidas com carne humana e corpos em diferentes etapas de decomposição. Bom apetite.

Enfim, um filme indispensável que costuma frequentar qualquer lista de “TOP 10” promovida por especialistas e fãs do cinema de horror, e certamente o filme se destaca na minha lista pessoal de preferências.

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Título Original: The Texas Chainsaw Massacre
Gênero: Terror
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

Uma Noite Alucinante 2(Army of Darkness: Evil Dead 3)


O filme começa exatamente onde terminou o anterior: Ash foi transportado para o Idade Média, onde é obrigado a enfrentar bárbaros, feiticeiras, monstrengos e até demônios alados que estão em poder do Necronomicon. Aqui, a trilogia descambou de vez para uma comédia cartunesca, com especial destaque para as sequências com o exército de esqueletos e Campbell combatendo um "irmão" mau humorado.

Army of Darkness, o último da trilogia, foi concretizado mais pela insistência dos fãs do que pela vontade do diretor Raimi. Campbell, agora na idade média, luta contra bruxas e demônios alados. Produzida pela Universal, esta fita é a mais suave da série, a violência menos explícita e realizada em tom aventuresco. Este filme poderia se chamar "Os Três Patetas encontram a Morte Demoníaca", não fosse uma ou outra sequência onde a violência é exagerada. O mais caro de toda a série (custou 13 milhões de doláres), só foi realizado depois do sucesso de Darkman, Vingança Sem Rosto porque a Universal estava com receio de por em prática as idéias um tanto malucas do diretor Raimi.

O engraçado é que Evil Dead sofreu um remake pelo próprio Raimi. Com mais grana, Evil Dead 2, não só ficou mais divertido, como mais engraçado. O diretor assume seu apreço pelo bom humor e já tenta casá-lo com outros gêneros na mistura de climas que considero ser sua maior qualidade.

Em Spider-Man 2 isto é evidente. Embora exista um drama consistente, ele é por definição uma hiper-ultra aventura de super-herói e ainda sim consegue achar momentos para um bom terror, como quando o octopus mata todo mundo no hospital. E ainda momentos de muita graça! Aquela hora que toca "Raindropson keep falling on my headson" para mostrar que o aranha fez as pazes com a vida é de cagá de rir vai. Estes tons e gêneros casam-se com muita harmonia nos filmes do Sam Raimi, pelo menos nos melhores.

Uma Noite Alucinante 3 (Evil Dead 3: Army of Darkness), a sequência de Evil Dead 2, reúne todos os gostos do diretor, Horror, comédia, aventura, ação, épico medieval, zumbis, animação stop motion, três patetas, massacre da serra elétrica... e o melhor, sem a pretensão do drama.

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Título Original: Army of Darkness
Tamanho: 299 MB
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tempo de Duração: 81Min.
Formato: Rmvb
Qualidade: DvdRip
Gênero: Terror-Suspense
Ano de Lançamento: 1993

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Fome Animal(Dead Alive)


Tem filme que foi feito por cinéfilo e para cinéfilo, o público usual simplesmente não entende qual o fascínio uma produção ao estilo de Fome Animal é capaz de exercer.

Posso dizer que estamos diante de um clássico dos filmes de zumbis, possível e ironicamente o melhor trabalho de Peter Jackson, infelizmente mais conhecido por ter contado uma história sobre garotos descalços, anéis e orcs...

Um filme cheio de citações divertidíssimas: vemos um rapaz filho de uma mulher castradora, eles moram em uma casa no alto da colina (Psicose). Também vemos um carrinho de bebê meio sinistro, em seu interior esconde-se uma assustadora criatura (O bebê de Rosemary), isso sem falar do diálogo – se voluntário ou ao acaso, isso não importa – com o excelente A morte do demônio de Sam Raimi.

Lionel é um bom rapaz, porém facilmente dominado pelas pessoas, sobretudo se forem mulheres. Além de ser tiranizado pela sua mãe ainda há os encantos da jovem Paquita – cujo nome, carinha e atuação parecem lembrar os atributos de uma atriz pornô.

Entretanto, um raro macaco da Sumatra (!) mordisca o braço da mãe de Lionel, a Senhora Cosgrove, que se transforma em um... isso mesmo, não precisa nem continuar...

Essa grotesca velha desenvolve uma apetência bem incomum, atacando várias pessoas ao seu redor e, naturalmente, infectando-as. Enquanto isso, a versão neozelandesa de Norman Bates (personagem de Psicose) esforça-se para conter sua genitora e as pessoas por ela agredida, mas sua inépcia faz com que os problemas assumam dimensões cada vez mais desastrosas.

Vale lembrar que Peter Jackson se preocupa em fornecer todos os detalhes para o espectador. Um navio negreiro parou em uma Ilha da Sumatra, ratos gigantescos desceram e estupraram as macacas nativas, desse cruzamento surgiu uma rara espécie capaz de transmitir a peste dos mortos vivos. Quando um desses animais é capturado e levado ao zoológico da Nova Zelândia, os problemas começam. A história se passa em 1957, o que acresce um ar especial ao cenário, ao retratar um modo de vida bem ao estilo do American Way of Life.

Os personagens são muito bem desenvolvidos, mesmo aqueles que aparecem em uma única cena cumprem seu papel, ao exemplo do veterinário nazista. Mas bacana mesmo é o padre que decide “Dar porradas nos zumbis em nome de Deus” ou algo do gênero.

Podemos dizer que Lionel Cosgrave é o oposto de Ash Willians, o personagem do já citado A morte do demônio, um conquistador de mulheres que não tem pejos em mandar os possuídos para o outro mundo. O protagonista de Peter Jackson, no entanto, só se aproxima do seu contra-exemplo nos momentos finais quando, de posse de um cortador de gramas, passa a proferir frases de efeito ao estilo do nosso querido Ash.

O confronto final fica por conta de Lionel com sua mama, que tenta devolvê-lo ao seu ventre, de um jeito ou de outro. Mas até chegar nesse momento, todos os exageros do gore terão sido mostrados... dando enjôos nos estômagos mais fraquinhos e desavisados.

Um filme primoroso, mas que infelizmente tende a agradar somente os fãs do gênero ou os cinéfilos de carteirinha.

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Título Original: Dead Alive
Gênero: Terror
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

A Mosca


David Cronenberg já era cultuado por uma pequena parcela de admiradores quando foi contratado, pelo belo salário de US$ 1 milhão, para dirigir “A Mosca” (The Fly, EUA/Canadá/Inglaterra, 1986), refilmagem de uma ficção científica classe B de 1958. Muita gente não entendeu. Ficava a dúvida: como é que um cineasta obscuro, amante de narrativas labirínticas, climas oníricos e experiências de desconstrução do corpo humano, iria se sair no comando de um blockbuster? A resposta veio com um longa-metragem esquisito, perturbador, que mostrava ser possível fundir um enredo simples e funcional com imagens grotescas de impacto, e ainda manter intactas algumas características autorais.

A presença de Cronenberg no comando da produção, de fato, não foi uma escolha óbvia da Fox. O diretor canadense, que faz uma ponta como um ginecologista, era considerado uma aposta quente em Hollywood, mas na época negociava a direção de “O Vingador do Futuro” (que seria feito alguns anos depois, com o holandês Paul Verhoeven no comando). Curiosamente, foi o comediante Mel Brooks quem atuou como produtor, conseguindo persuadir Cronenberg a aceitar o trabalho. Depois, com o filme já pronto, Brooks pediria para ser retirado dos créditos iniciais, pois acreditava que a simples presença do seu nome faria o público pensar que o filme era uma paródia cômica, o que poderia resultar em risos involuntários e fracasso de bilheteria.

A grande sacada de Cronenberg, que reescreveu completamente o roteiro de Charles Edward Pogue, foi utilizar a jornada trágica do cientista solitário Seth Brundle (Jeff Goldblum) como uma metáfora inteligente para a AIDS, que começava na mesma época a se alastrar. Mesmo assim, a degeneração física irreversível do protagonista, que começa justamente após um ato irresponsável durante uma bebedeira, podia ser lida como uma interpretação preconceituosa do drama da doença, que então afetava principalmente o público homossexual. Cronenberg sofreu algumas críticas por causa disso, mas o tempo mostraria que o diretor canadense nada tinha de conservador.

A história é uma variação sci-fi do arquétipo da Bela e da Fera. Brundle é um típico cientista, daqueles que mantém sete ternos idênticos no armário para não ter problemas na hora de escolher o que usar numa ocasião solene. Veronica (Geena Davis), por sua vez, também é uma jornalística típica de Hollywood, uma mulher ambiciosa e batalhadora. Os dois se conhecem numa festa, e ela decide acompanhar o progresso do trabalho de Brundle, que inventou uma máquina capaz de teletransportar objetos inanimados, mas ainda não consegue fazer o mesmo com seres vivos. Eles se apaixonam e iniciam um tórrido romance, interrompido depois que o cientista faz uma experiência de teletransporte consigo mesmo, após uma briga, carregando sem saber uma pequena mosca, cujo DNA se funde com o dele.

A partir daí, o filme envereda pela seara do horror fantástico, com um brilhante trabalho de maquiagem (Jeff Goldblum passava até cinco horas por dia nas mãos dos maquiadores) e muitas imagens grotescas, uma especialidade de Cronenberg. O resultado final, embora eficaz e assustador em muitos momentos (a saída com a prostituta, o bebê-mosca), não chega a ser tão bom quanto os melhores trabalhos autorais de Cronenberg (“Existenz”, “Videodrome”). Mesmo assim, o canadense deve ser respeitado por conseguir inserir elementos autorais dentro de uma grande produção, algo não muito comum. É preciso observar, também, que o diretor jamais se aventurou novamente a trabalhar em Hollywood, preferindo trabalhos independentes, com narrativas mais arrojadas. Sujeito inteligente.

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Título Original: The Fly
Gênero: Ficção Cientifica
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

Um Crime de Mestre(Fracture)


Anthony Hopkins sabe escolher muito bem seus projetos. Vez ou outra, o ator acaba cometendo alguns deslizes, mas é muito difícil assistir a um filme do veterano sem ter a certeza de que o mesmo não valerá o ingresso.

E neste 'Um Crime de Mestre' não poderia ser diferente, já que Hopkins retorna ao gênero que o consagrou: o suspense. Um filme inteligente e estiloso, consegue a atenção do início ao fim, sem abusar dos clichês ou da ação, se baseia nos aspectos psicológicos para ganhar a empatia do público.

Além de Hopkins, o outro grande acerto do filme é Ryan Gosling, que desde sua ótima atuação no belo 'Diários de uma Paixão' está escalando Hollywood em papéis cada vez melhores e mais complexos.

O jovem e ambicioso promotor público Willy Slocum (Ryan Gosling) está no melhor momento de sua vida profissional. Nunca perdeu nenhum caso e está prestes a assumir um emprego na prestigiosa empresa de advocacia Wooton Sims. Mas antes de abandonar o cargo de promotor, ele tem um último desafio pela frente: o engenheiro Thomas Crawford (Anthony Hopkins).

Depois de descobrir que estava sendo traído pela esposa, Crawford a matou a sangue frio com um tiro na cabeça. Um crime premeditado e com uma confissão clara e objetiva – mas, no entanto, o acusado é muito mais inteligente do que aparenta, e acaba criando um labirinto tão complexo em torno da situação que logo é colocado em liberdade. Mas Slocum não vai desistir tão fácil. Ele quer ver Crawford atrás das grades, mesmo que isso custe a sua carreira. Em um jogo de gato e rato, duas mentes brilhantes entram em curso de colisão neste suspense absolutamente imprevisível!

O diretor Gregory Hoblit faz um ótimo trabalho de câmera e montagem, com uma direção leve e que se foca no talento inegável de seus protagonistas e consegue prender a atenção até um desfecho inegavelmente interessante.

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Título Original: Fracture
Gênero: Suspense
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Profecia(The Omen)


“A Profecia” (The Omen, EUA, 1976) é um filme B maravilhoso, um dos exemplos mais inteligentes de como a Bíblia pode inspirar filmes de terror com base na mitologia cristã. Feito com parcos US$ 2,2 milhões, um orçamento ridículo até mesmo para a época em que foi feito, o filme narra a história do nascimento do Anticristo com uma direção firme e um arsenal de truques baratos, bolados com criatividade pelo então iniciante diretor Richard Donner. A história, repleta de tensão e suspense, valoriza os sustos e os raros momentos de violência gráfica, tornando a experiência de assisti-la ainda mais perturbadora e aterrorizante.

Um dos mais importantes trunfos de “A Profecia” é a abordagem dada à obra por Richard Donner. Cineasta eclético e com nenhuma bagagem de horror B nas costas, ele dirigiu o projeto com um saudável desprezo pelos clichês tradicionais do gênero, preferindo investir na construção de uma cuidadosa atmosfera de tensão, ao invés de abusar de sustos gratuitos. Donner utiliza com freqüência, por exemplo, closes fechados nos olhos dos personagens, além de explorar uma textura de imagens mais escura, com muitas sombras e cantos escuros, e isso tudo gera no espectador a impressão de que muita gente sabe mais do que nós vemos, e que existe mesmo uma presença maligna à espreita.

A presença do astro Gregory Peck reforça a credibilidade ao filme. O ator interpreta um poderoso embaixador norte-americano (e potencial candidato futuro à Casa Branca), obrigado pelas circunstâncias a adotar uma criança como filho e esconder o fato de todos. O que Robert Thorn não sabe é que o garoto faz parte de uma conspiração, montada nos subterrâneos de Roma, para fazer o Anticristo virar o homem mais poderoso do planeta, cumprindo assim uma profecia contida no Apocalipse. Nesse aspecto, a equiparação de “A Profecia” ao clássico “O Exorcista” é inevitável, já que ambos narram o desespero de um pai diante de uma situação inexplicável que envolve o filho criança. Perfeito.

O restante do elenco também brilha. Lee Remick, que faz Katherine Thorn, compreende bem a dor do personagem, uma mãe que não consegue criar empatia com o próprio filho, e ilustra isso na tela com muito sentimento. David Warner faz o torturado fotógrafo Keith Jennings com uma mistura de tenacidade e resignação que chegam a ser comoventes. Mesmo com tantas feras, é a presença inesquecível de Billie Whitelaw que se tem brilho mais fulgurante no elenco. Ela é a satânica Sra. Baylock, e utiliza a presença altiva e o olhar desafiador e penetrante para ilustrar o nível de compromisso com que abraça a causa do Anticristo. Isso tudo sem falar do olhar sinistro do pequeno Harvey Stephens, que faz Damien. Fantástico.

Além disso, o roteiro é redondo e sem falhas, movendo-se de cena para cena num crescendo de suspense que desemboca num dos clímax mais originais e inteligentes do gênero. Alguns dos momentos estão entre os mais perturbadores dos filmes de horror B. Assista à assustadora visitaa do pequeno Damien ao zooólogico, por exemplo, e tente não ficar impressionado com a reação das girafas e macacos ao garoto. Outra cena espetacular é a sombria passagem de Thorn e Jennings pelo lúgubre cemitério etrusco, onde fazem uma descoberta potencialmente explosiva.

No percurso, o diretor ainda encontra tempo para dar pequenas nuances de humanidade aos personagens, o que torna a história mais verdadeira e, portanto, mais assustadores, já que o espectador sente que ela poderia estar acontecendo de verdade. Um bom exemplo está na maneira como Donner mostra a dor da mãe de pequeno Damien, quando ela começa a se afastar do filho, após perceber os tiques malignos do pequeno.

A cereja no topo do bolo está na impressionante trilha sonora (premiada com o Oscar) de Jerry Goldsmith. Sozinha, a música do filme é capaz de arrepiar os pêlos do braço de qualquer católico, ao fazer uso inteligente de corais masculinos que narram trechos satânicos em latim, às vezes lidos ao contrário. Inspirada na sombria ópera “Carmina Burana”, a música de Goldsmith sublinha brilhantemente o clima de medo que percorre toda a trama. O conjunto é uma obra de força dramática da obra realmente atípica, cuja abordagem leva muita gente a sentir medo genuíno desde a estréia nos cinemas norte-americanos, em 6 de julho de 1976. Excelente programa.

“A Profecia” pode não ser encarado como um clássico, mas permanece como um dos mais amados exemplares das obras de terror psicológico dos anos 70. Além disso, costuma ser visto como parte integrante de uma trilogia instigante sobre a vida terrena do suposto Anticristo.

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Título Original: The Omen
Gênero: Terror
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

A Casa dos 1000 Corpos


Como criticar uma obra que se compromete explicitamente em ser trash? Eis a questão que fundamenta este texto que você leitor está lendo. Este é o primeiro filme de Rob Zombie como diretor e roteirista, e apesar de poucos concordarem é um filme divertido que mesmo com seus defeitos exageradamente ampliados pela critica em geral não me impedem de afirmar que “A Casa dos 1000 Corpos” é um filme injustiçado pela critica e ofuscado pela sua ótima seqüência “Rejeitados pelo Diabo” (Devils Rejects).

A história é simples, sem muitas complicações que apesar de não ser original é atolado de referências, mas talvez o maior ponto negativo de “A Casa dos 1000 Corpos” seja o experimentalismo visual que polui muito ao invés de impactar o espectador, como talvez tenha sido a intenção de Rob Zombie e a movimentação inquietante da câmera incomoda em alguns momentos.

O filme conta a história de um casal de jovens compostos por Bill (Rainn Wilton), Denise (Erin Daniels), Jerry (Chris Hardwick) e Mary (Jennifer Jostyn). Os quatro jovens viajam pelo interior dos Estados Unidos no final da década de 70, conhecendo e entrevistando donos de paradas de estrada exóticas com intuito de conseguir material para escrever um livro. Em um desses locais na véspera de Halloween eles encontram um lugar chamado Capitão Spaulding, cujo dono é o próprio Capitão Spaulding (Sid Haig), um palhaço bem longe do convencional que administra um local de atrações bizarras.

Os jovens embarcam no Carro da Morte uma das atrações do lugar, que nada mais é que uma espécie de trem fantasma que conta a história de assassinos famosos, dentre eles, um maníaco famoso na região conhecido como Doutor Satã, um cirurgião louco que usava seus pacientes como cobaia em experimentos cruéis com o intuito de criar uma raça de super humanos. Capitão Spaulding, vai mais longe e conta a lenda do Doutor Satã em que depois de ter sido enforcado em uma arvore próxima da região e deixado pra trás, nunca mais acharam seu corpo quando retornaram para buscá-lo.

Jerry empolgado com a idéia, antes de ir embora do local convence o Capitão Spaulding a desenhar um mapa da tal árvore para que o grupo fosse visitá-la. É daí em diante que as coisas começam dar errado para o grupo. No caminho para a tal árvore numa noite chuvosa, os quatro decidem ajudar uma garota que pedia carona na estrada, Baby (Sheri Moon Zombie), o pneu do carro fura no trajeto e como agradecimento e para ajudá-los, Baby prontamente se oferece para ir a sua casa que fica ali perto chamar seu irmão para guinchar o carro e dar abrigo para os quatro naquela noite tempestuosa. Coincidências demais para uma só noite, não? Bem como eu havia dito, o filme não era nem um pouco original, e na verdade até uma releitura dos filmes da década de 80 atolados de clichês, e acho que o parágrafo acima descreve bem isso. É mais do que obvio que todas as coincidências acima nada mais são que parte de um plano para atrair, desavisados para uma armadilha.

Na casa de Baby são apresentados aos quatro, a Mãe Firefly (Karen Black), Tiny (Matthew McGrory), Hugo, o vovô Firefly (Dennis Fimple) e Otis (Bill Moseley). Depois de uma seqüência de bizarrices da família excêntrica, os quatro saem da casa em meio á um conflito com Baby, mas são encurralados por Otis e Tiny na saída, virando reféns. Por sorte, ou quase sorte, quando os quatro estavam saindo do posto do Capitão Spaulding, uma das garotas telefona para o seu pai, um ex-policial que ao notar o desaparecimento de sua filha, liga para um conhecido da região e que por sua vez coloca dois policiais no rastro da garota.

A obra segue daí em diante presenteando o espectador com um festival de sadismo e insanidade da família Firefly para com suas vitimas que além dos quatro jovens recém aprisionados estão quatro lideres de torcidas de um colégio local, que estavam sendo constantemente noticiadas na televisão como desaparecidas. Em se falando da violência do filme, não esperem nada muito explicito, na verdade uma violência até que moderada levando em consideração a premissa de Rob Zombie de fazer um filme chocante em seus depoimentos antes do lançamento do filme.

O filme em um determinado momento apresenta uma reviravolta ao espectador, dando luz à lenda do Doutor Satã e colocando duas personagens secundarias como o centro da história que é deslocada totalmente para outro ambiente com outros personagens. Esse ponto prejudica em muito o filme, mas encarando essa parte como um trecho isolado não há motivos para escancarar mil e uma críticas negativas, principalmente levando-se em conta a proposta do filme discutida no começo do texto de não levar a sério uma obra que não se propõe a expor nenhuma realidade convincente.

O filme acaba com um desfecho em que literalmente o “mau ganha”, e que com certeza não vou contar aqui, mas fica a dica, apesar de todos os defeitos desse filme de Rob Zombie, a obra consegue oferecer um divertimento sem o compromisso com a seriedade e na minha sincera opinião só a presença de Sid Haig como o carismático e divertido Capitão Spaulding, nos poucos minutos que aparece, já vale o filme inteiro.

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Título Original: House of 1000 Corpses
Gênero: Terror
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

Anjos e Demonios



A adaptação do fenômeno literário O Código Da Vinci errou ao otimizar não a ação do livro, o visual, mas a verborragia floreada dos protagonistas. Imaginava-se que o diretor Ron Howard, que retorna à série neste Anjos e Demônios (Angels & Demons, 2009), tivesse aprendido a lição e prestado atenção à crítica. E prestou. O problema é que até demais.

Na sequência das aventuras do simbologista Robert Langdon (outra vez Tom Hanks, atuando no automático), o cineasta inverte a receita e erra na medida mais uma vez.

Anjos e Demônios é um crescente de ação só, duas horas de música subindo, correria e muita tensão. Os respiros não funcionam e a produção parece simplesmente alta demais. São nada menos que seis clímaces seguidos - um para cada cardeal, mais a bomba e a perseguição final - resultando em uma canseira exagerada. Quando tudo é alto, nada é alto. É curioso como um diretor tão cautelosamente dado às fórmulas de Hollywood - como provou em Apollo 13 (1995), Uma mente brilhante (2001) e A luta pela esperança (2005) - não encontre espaço em seu filme para aquelas pequenas regrinhas consagradas do trade, capazes de equilibrar qualquer roteiro.

A trama segue a linha que mistura fatos com ficção e conspirações ancestrais. Desta vez, apesar das rusgas com a Igreja, o simbologista é chamado às pressas ao Vaticano para auxiliar nas buscas a quatro cardeais, sequestrados horas antes do início do Conclave (a seleção do próximo Papa) e impedir a explosão de uma bomba de antimatéria. Para tanto, ele precisa descobrir o início do "Caminho da Iluminação", rota secreta em Roma que leva ao local de encontro da antiga e vingativa sociedade secreta conhecida como Illuminati. Ao lado de Langdon está a cientista encarregada de desarmar a bomba high-tech, Vittoria Vetra (Ayelet Zurer, a esposa de Eric Bana em Munique). Apesar de continuar fatos do primeiro longa e mencioná-los brevemente, a história na literatura foi precursora de O Código Da Vinci e a estreia do assexuado herói caxias Langdon.

Se o filme vale por alguma coisa, é pelo cenário e a edição competente - quando analisada isoladamente do todo - das cenas de ação. Como no primeiro filme, que realizou um apanhado de pontos turísticos em Paris e Londres, Anjos e Demônios faz uma tour belíssima por Roma e o Vaticano à noite. Nada que justifique aguentar os frenéticos 140 minutos, porém. Especialmente aturar o desfecho - que já discutiram comigo ser "muito parecido com o do livro". Ora, se não presta na literatura, vai ficar ainda mais escancaradamente trash na telona. Dá uma certa vergonha alheia de Ewan McGregor como o camerlengo Patrick McKenna na sequência do helicóptero. Santo Padre que nada... em tempos de Wolverine arrecadando horrores nas telonas, o Super Padre é que é o cara!

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Original: Angels & Demons
Gênero: Policial/Drama
Tempo de Duração: 140 min
Ano de Lançamento: 2009
Qualidade: R5
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 430 mb

terça-feira, 23 de junho de 2009

O Mensageiro(The Postman)


No ano de 2013, o futuro não é o que se esperava. A Terra foi destruída pela guerra e os homens não sonham mais com um amanhã melhor... São apenas sobreviventes vagando pelos destroços de um lugar que já foi chamado de lar. Neste cenário apocalíptico surge Bill (Kevin Costner, de Um Mundo Perfeito), um homem sem destino que carrega as cartas do passado que se tornam mensagens de esperança e inspiram a juventude idealista a lutar para reconstruir suas vidas e sua nação. Mesmo sem querer, Bill se transforma em líder e descobre ser capaz de inspirar e guiar as pessoas. Mas sua luta mal começou e seus inimigos estão prontos para atacar.

É uma história emocionante que mostra o surgimento de um líder. Uma pessoa boa que fará história.

Para aqueles que nunca assistiram, recomendo. Não é o melhor filme de Kevin Costner, mas mesmo assim vale a pena pela história.

Para os amantes da tematica pós-apocalipse, um tema praticamente em extinção nos dias de hoje, esse filme é uma otima pedida. Não é aquele filme pipoca cheios de explosão, o filme puxa um pouco mais pro drama mas tem suas cenas de ação.

Apesar de ser um bom filme, na epoca de seu lançamento a critica caiu em cima, que depois do fracasso comercial que foi o filme "Waterworld" estrelado por Kevin Costner, todo filme dele antes mesmo de ser lançado ja era considerado uma bomba. Eu gostei bastante de Waterworld, na epoca que eu assisti tinha uns 15 anos, meu senso critico era diferente mas me divertiu. "O Mensageiro" assisti nessa mesma epoca, e mesmo não sendo um filme para adolescentes, gostei bastante tambem.

Vale a pena dar uma chance para esse longa, é so não ir assistir pensando que vai ver o melhor filme de todos os tempos que voce vai gostar bastante dele.

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Título Original: The Postman
Gênero: Ficção Científica
Tempo de Duração: 178 min
Ano de Lançamento: 1997
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 577 mb

Fuga de Alcatraz


Don Siegel e Clint Eastwood possuem diversas parcerias de sucesso. Desde faroestes como Os Abutres Têm Fome (Two Mules for Sister Sara, 1970), passando por uma das mais famosas séries policiais do cinema, os filmes de Perseguidor Implacável, até chegar em uma pequena e excepcional obra-prima da década de 1970, O Estranho Que Nós Amamos (The Beguild, 1971) - que rendera aquela que, para mim, é a grande atuação de Eastwood em toda a sua carreira. Porém, dentre estes filmes, poucos obtiveram a fama e a glória conquistada por Fuga de Alcatraz (Escape From Alcatraz, 1979), um dos mais lembrados e apreciados filmes de “fuga-de-prisão” já produzidos. Mas, vale dizer: de maneira extremamente superestimada.

Fuga de Alcatraz foge do estilo de um e de outro, se assemelhando mais com produções como Papillon (idem, 1973). Ambas são baseados em fatos reais, e possuem, como característica mais marcante, a capacidade de decepcionar aqueles que leram, ou ao menos conhecem as histórias nas quais foram inspiraram. Enquanto a produção de Franklin J. Schaffner retalhara a ótima e fascinante história do livro homônimo, o filme de Siegel traz uma visão bastante rasa e pouco pretensiosa sobre um dos fatos mais marcantes da história policial moderna norte-americana: a fuga de três prisioneiros da maior e mais famosa prisão de segurança máxima do país, conhecida como a Rocha. Teoricamente inexpugnável, a fortaleza de Alcatraz, ilhada perto da costa de São Francisco, determinara o término de suas atividadas uma ano depois do ocorrido, permanecendo inutilizada (a não ser para fins turísticos) até os dias de hoje.

Já Clint Eastwood, por sua vez, encarna aquele velho e conhecido tipo seu: o homem calado, sério, estrategista e mal encarado, que tornara-se praticamente um alter-ego do ator, ou pelo menos sua persona cinematográfica. Desde os tempos de suas maravilhosas parcerias com Sergio Leone, que iniciaram com Por Um Punhado de Dólares (Per um Pugno di Dolari, 1964), tendo fim com a inigualável obra-prima Três Homens em Conflito (Il Buono, Il Bruto, Il Cativo, 1966), o ator vem repetindo (ou melhor, vinha, já que a velhice fez com que Clint automaticamente abandonasse o estilo e se adaptasse aos padrões etários) o tipo de forma sempre interessante. Enquanto isso, o elenco de apoio também se mostra bastante eficiente, embora não conte com nenhum nome de peso.

É um bom filme sim, entretém de maneira corretinha e nos mantém interessados o tempo inteiro. Porém, um tema tão grandioso merecia algo muito mais significativo, que ao menos evocasse momentos de inspiração similares aos das citadas obras do gênero. Enquanto Parker transformara seu Expresso da Meia Noite em um filme forte e inesquecível, Siegel apostara na fórmula mais quadrada possível de se encontrar em Hollywood, temendo ousar a qualquer custo. Com isso, cria um filme de aventura divertido, mas extremamente simplório e banal. É pouco, visto as possibilidades existentes para um projeto como este.

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Título Original: Escape from Alcatraz
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 111 min
Ano de Lançamento: 1979
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 371 mb

Os Suspeitos(The Usual Suspects)


Esse é o tipo do filme que se você perder a atenção, nem que seja por um milésimo de segundo, se tornará um filme completamente confuso. Seu raciocínio irá se perder e você não terá noção do que está acontecendo. Mesmo com completa atenção você já fica um pouco perdido, e sempre por imaginar e se perguntar o que o filme propõe: “Quem é Keyser Soze?”. É essa a dúvida que paira durante seus 105 minutos. Uma pergunta só respondida no final. Vai ver por isso o filme é tão surpreendente, você nunca terá 100% de certeza, a não ser que alguém de conte. Podem ser todos, ou não. Existem maneiras de você suspeitar, mas a surpresa será a mesma. Um dos finais mais antológicos do cinema, o que torna o filme com uma conclusão tão perfeita, inteligente e maquiavélica.

Bryan Singer estreou muito bem, fazendo sua obra-prima, mas nunca decaiu, seguiu-se ainda o excelente “O Aprendiz”, e os ótimos blockbuster que realmente o tornaria famoso e abriria todas as portas com os dois “X – Men”. Singer mostrou logo do inicio sua capacidade de transformar uma história tão complicada, que é cercada por flash-backs, e cenas que vão e voltam. Isso é um problema, fazer com que torne um trama inteligente sem fazer uma coisa sem explicação. O filme tem sentido, é completamente coerente, e em hipótese alguma abusa de nossa paciência e sensatez. Creio que grande parte dos créditos vai para Singer, por sua bela condução e excelente visão e pretensão correspondida.

27 mortos. 91 milhões de dólares desaparecidos. O que será que aconteceu? Em Nova York, um navio que transportava 91 milhões de dólares e diversas pessoas, explode. Sem pistas, a polícia chega milagrosamente a “Verbal” Kint (Kevin Spacey), um criminoso aleijado. O delegado Kujon (Chazz Palminteri) pressiona Kint até falar. Segundo ele, tudo começou seis semanas antes com um roubo a um caminhão de armas. Cinco suspeitos foram presos, além de Kint, estavam Dean Keaton (Gabriel Byrne) um ex-tira corrupto, McManus (Stephen Baldwin) um bandido de quadrilhas, Tood Hockney (Kevin Pollack) um especialista em bombas e armas pesadas, e Fenster (Benício Del Toro) o principal parceiro de McManus. A partir desse primeiro encontro, o mundo da justiça estaria condenado. E assim sucede-se, até a entrada do mito Keyser Soze, a grande intriga do filme, que culmina no brilhantismo do filme.

Esse é o típico filme que necessita atenção redobrada, em todas as cenas, mas recomendo além do desfecho, o primeiro encontro deles, na delegacia e seus depoimentos. O encontro com Kobayashi (Pete Postlewaite), e os sucessivos contos e lendas de Keyser Soze. Além da cena do barco, onde eles dão sua investida.

O filme também tem grande ajuda do excelente elenco, provavelmente estariam em suas melhores performances da vida, com poucas exceções. Gabriel Byrne está perfeito como ex-tira corrupto, imprevisível até o último minuto, ele passa várias emoções além de mostrar como interpretar num suspense policial. Realmente, sua melhor atuação. Kevin Spacey, ainda em começo de carreira e sem muito prestígio, deu um show, um perfeito aleijado, que vê no crime a saída para seus problemas. Mereceu o Oscar de Ator Coadjuvante, sendo sua melhor atuação. Spacey é um excelente ator, e esse um excelente filme... se combinaram e deram um toque inesquecível ao filme. Stephen Baldwin é sem dúvida o irmão mais talentoso da estrela Alec Baldwin, apesar de só ter feitos poucos filmes de prestígio e bom gosto (como esse), Stephen é um ator competente que sabe fazer seu trabalho, apesar do individualismo nas cenas, ele é carismático e ao mesmo tempo bombástico, um ator que faz personagens de duas faces, sendo sempre um mistério. Kevin Pollack é um ator razoável, não há nada de especial, sempre fazendo papéis coadjuvantes, talvez devido a não ser um grande ator, não passa de um bom diretor. Ele em nenhum momento brilha na tela e sempre está com uma atuação caricata. Todas cenas de todos os filmes sempre com a mesma cara. Benício Del Toro, ainda era um desconhecido nos EUA e no mundo, foi seu filme de introdução, com um visual matusquelo e com pouca importância. Seria descoberto mesmo com seu Oscar em “Traffic”, tornando “público” o bom ator que era. Desde esse filme já tinha boas aspirações. Cahzz Palminteri e Pete Postlethwaite estão em suas melhores atuações, centrados e criativos, mostram seu lado “mau” no filme com estilo, são bons atores com escolhas de filmes ruins, ou seja, não sabem escolher um bom roteiro. Um mal que assombra também grandes atores de Hollywood como Kevin Costner e John Travolta. Palminteri vive isso no péssimo Diabolique.

Os Suspeitos tem um excelente roteiro. É simplesmente fantástico o modo que a obra envolve as pessoas e as deixam intrigadas até a fantástica conclusão. Um dos filmes mais inteligentes já produzidos é um filme confuso que prende todos a tela. È impossível não reconhecer uma obra como essa.

O filme é completado pela ótima trilha sonora, que contribui com o envolvimento das personagens com seus respectivos objetivos. Além da ótima fotografia, direção de arte e cenário e outras técnicas atribuídas ao filme. E apesar de não ser o ponto forte, é um fator que ajuda a compor o clima de tensão do filme, mas nunca sendo exagerado. Uma das grandes características do filme é não tentar impressionar nesse ponto.

Os Suspeitos é um filme brilhante, com grande elenco e excelente direção, além de um roteiro excepcional. A notoriedade e inteligência, que é seu ponto forte, fizeram com que o filme arrebatasse dois Oscar em 1995 (Melhor Ator Coadjuvante para Kevin Spacey e Melhor Roteiro Original). E assim como diz “Verbal”: “O maior mérito do diabo é acharem que ele não existe”.

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Título Original: The Usual Suspects
Gênero: Policial
Tempo de Duração: 105 min
Ano de Lançamento: 1995
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 352 mb

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Halloween, Ressureição


Halloween é uma daquelas franquias que parecem não acabar nunca, e sendo um filme de terror isto é comum.

Os filmes da série vieram se modificando para se adequar as tendências dos filmes de terror mais modernos, e parecem estar acertando em cheio.

Desta vez um grupo de adolescentes são escolhidos para fazer parte de um "reality show" que tem como cenário a casa do famoso assassino (e presuposto falecido) Mike Myers. O vencedor do programa é aquele que conseguir pasar uma noite inteira na casa.

Os produtores do programa já tinham planejado vários sustos para os concorrentes, mas ninguém - além dos espectadores do filme - esperava que o próprio Mike Myers fosse aparecer na casa. Dizer mais do que isso seria estragar algumas surpresas do filme.

Para uma série que já tem mais de 20 anos, 'Halloween' ainda tem muito pano pra manga.

Os roteiristas criaram um clima de originalidade e o diretor fez um bom trabalho com as câmeras, dando uma atmosfera meio 'A Bruxa de Blair' ao filme.

Se você adora tomar um susto de um filme que não tenta ser mais do que simplesmente é, corra pra ver Halloween: Ressurreição.

Afinal, cinema é lugar de diversão, e isso o filme tem de sobra.

Trailer do Filme

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Título Original: Halloween, Ressurection
Gênero: Ficção Cientifica
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

Um Drink no Inferno 2, Texas Sangrento


Já vi críticas de fãs declarando ser este o pior filme da série "Um Drink No Inferno", iniciada pela parceria Robert Rodriguez-Quentin Tarantino em 1996. Discordo desse pessoal, pois "Um Drink No Inferno 2 - Texas Sangrento" é o que tem mais ação. Quem se lembra daquele, estrelado por George Clooney, via que era uma mistura de road movie com filme de vampiros. Aquela fita tentava captar um clima trash bem original, mas quem queria ver o "gore" na tela tinha que aguardar quase uma hora até os vampiros realmente aparecerem. Não que tenha sido mal, pelo contrário, pois, na época, era original. Mas aquilo que funciona uma vez, não significa que vá funcionar sempre.

A opção do novo diretor Scott Spiegel (Robert Rodriguez está apenas como produtor executivo, o mesmo ocorrendo com Tarantino) foi diminuir a parte que antecede a chegada dos vampiros. Justamente por isso, é muito mais movimentado (já que "Um Drink No Inferno 3 - A Filha do Carrasco" é praticamente uma refilmagem do primeiro, só que passada no Velho Oeste). A constatação de que a homenagem aos filmes B continua em alta se confirma na presença de Bruce Campbell, em uma participação especial. Ele está na sequência de abertura, como um sujeito que, ao lado de Tiffani-Amber Thiessen, é atacado por um batalhão de morcegos em um elevador. Curiosamente, para quem se lembra do demônio travestido de galhos de uma árvore estuprando uma das personagens de "Evil Dead" (estrelado por Campbell) , verá que nessa cena um dos morceguinhos é muito safadinho, entrando por baixo da saia de Tiffani. Há uma outra cena em que uma mexicana é atacada no chuveiro (isso lá pra frente no filme), e também aparece um morceguinho muito malandro, peralta e serelepe, que a morde em um local estratégico. Mas voltemos a trama.

O líder dos bandidos agora é Buck - feito por Robert Patrick, que muitos se lembram por ter sido o vilão no filme "O Exterminador do Futuro 2". Um ator até que razoável, que se encaixa bem no cínico papel que o roteiro, quase inexistense, lhe proporcionou. Ele combina um plano de assaltar um banco no México, em parceria com Luther (Duane Whitaker). Ambos planejam se encontrar em um local perto daquele bar do qual vocês que viram o primeiro filme se lembrarão muito bem. Antes disso, Buck tem que convocar mais 3 parceiros para o serviço. São eles C.W. (Muse Watson), Ray Bob (Brett Harrelson) e Jesus (Raymond Cruz). Este último adora uma malhação e dá anabolizantes ao seu cachorro, Jaws II, o qual participa de rinhas. Como no anterior, só gente boa.

Enquanto os 4 esperam em um motelzinho de beira de estrada, Luther tem um acidente no meio do caminho. Ele atropela um morcego e danifica seu carro. O carro do Luther, não do morcego, óbvio. É quando dá uma parada "naquele bar" pra pedir ajuda. Lá está Razor Eddie, intepretado pelo sempre divertido Danny Trejo (o Johnny 23 de "Con Air"), que o atende e decide dar uma carona a ele ao saber que há um amigo acidentado, justamente o vampiro atingido por Luther. Quando chegam ao local, Razor não fica nem um pouco feliz em saber que seu amigo está todo detonado, e ataca Luther.

Luther, antes de chegar de encontro aos companheiros no motel, ataca uma prostituta no local enquanto ela está tomando banho. Ele aproveita também para atacar Jesus, o qual vai virar um vampiro também. Aí a gang, agora de 2 vampiros e 3 humanos (que ainda não sabem que os amigos viraram vampiros), parte pro assalto ao banco. Aí é natural que vampiros e humanos não se entendem, e o assalto não é dos mais felizes. E a polícia chega. Daí pra frente, o filme vira um samba do vampiro doido.

Com ação igual a uma fita do Van Damme e tantos desmembramentos e decapitações quanto o primeiro, "Um Drink No Inferno 2 - Texas Sangrento" é um daqueles filmes pra se assistir com o cérebro em ponto morto, mas que passa rapidinho. Detalhe para a participação de Bo Hopkins, como o xerife - ele era o jovem assaltante rebelde e burro do clássico "Meu Ódio Será Tua Herança" de Sam Peckinpah. Mesmo sendo feito diretamente para o vídeo, essa continuação não nega fogo, com direito até a um eclipse no meio de toda a ação, completamente injustificável. Mas lógica não é o elemento mais evidente nesse tipo de filme.

Trailer do Filme


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Título Original: From Dusk Till Dawn: Texas Blood Money
Gênero: Terror
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português

As Branquelas(White Chicks)


Comédias americanas geralmente são um pé no saco. Com histórinhas mal-contadas e mal-planejadas, adicionadas a um excesso de piadinhas infames que, se forem entendidas, tiram no máximo um sorriso de nosso rosto, tem suas formas exaustivamente copiadas, mas todo mundo assiste para conferir uma ou outra piadinha nova no mercado.

'As Branquelas' nada mais é que uma junção de várias piadas já contadas, histórias já copiadas e clichês de todos os filmes de comédia que já vimos. Mesmo assim, 'As Branquelas' ainda se salva do desastre com uma ou duas piadinhas que faz a platéia rir por um minuto, e nada mais.

Apesar de todos os esforços, os agentes Marcus e Kevin Copeland acabaram penando na ‘cozinha’ do FBI. A mais recente investigação da dupla foi um verdadeiro fracasso e seus empregos estão por um fio. Quando um plano para seqüestrar as mimadas irmãs socialites Brittany e Tiffany Wilson é descoberto, o importante caso é entregue aos rivais de Marcus e Kevin, Vincent e Jake). Para aumentar ainda mais a humilhação dos dois, Kevin e Marcus são escalados para uma ingrata e medíocre missão — escoltar as jovens mimadas vestidas de Gucci, garantindo-lhes segurança do aeroporto até o hotel nos Hamptons. Impossível até para eles fracassar numa humilhante tarefa como esta, certo?
Quando o cachorro mal-acostumado de Tiffany, Baby, provoca uma confusão no trânsito, começa uma briga e as duas mulheres ficam desfiguradas — bem, se você chama lábio inchado e corte no nariz desfiguramento —, o que para essas socialites obcecadas com o visual certamente é uma grande tragédia. Diante da possibilidade de ficar desempregado, Kevin inventa um plano: Ele e Marcus irão se disfarçar das exigentes divas e, enquanto isso, tentar capturar os seqüestradores e, por fim, resgatar sua reputação.

Com um roteiro fraquinho, cheio de furos e clichês, e dois atores maquiados que parecem mais uma ovelha do que uma patricinha, o filme se contenta em ser forçado ao extremo, partindo às vezes para a baixaria para tentar tirar um sorriso de seu rosto.

Se você se diverte com cenas infames e piadas forçadas ao invés de uma boa história com situações hilárias, esse é o seu filme. Entretenimento puro... E nada mais.

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Título Original: White Chicks
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 114 min
Ano de Lançamento: 2004
Qualidade: DVDRip
Formato: Rm (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 365 mb

domingo, 21 de junho de 2009

A Profecia 2006(The Omen)


Há exatos 30 anos, foi lançado nos cinemas um dos maiores clássicos do terror: A Profecia . Dirigido por Richard Donner, o filme marcou o gênero de horror também por render mais de US$ 60 milhões somente nos EUA (cifra bastante polpuda se pensarmos nos padrões monetários da época).

Esta introdução pode parecer inútil se você já conhece o genial filme que deu origem a esta refilmagem. Mas existe toda uma geração que não o conhece e é especialmente para esse público que A Profecia é destinado. A profecia do título está relacionada ao nascimento do anti-Cristo, conforme prevista na Bíblia. Sua ascensão deve acontecer em uma data bastante cabalística: 6 de junho de 2006. Ou 06/06/06. E, como Iron Maiden já disse, 666 é o número da Besta. A ação acontece cinco anos antes, em Roma, onde nasce o filho de Robert (Liev Schreiber) e Katherine Thorn (Julia Stiles). Norte-americanos, estão na cidade porque Robert é assistente do embaixador dos EUA. Só que o filho dos dois morre logo após o parto e o padre do hospital propõe que Robert adote um bebê que nascera na mesma hora cuja mãe morreu. Com medo da reação de Katherine ao saber que perdeu o filho e, possivelmente, a possibilidade de engravidar novamente, Robert concorda com a adoção, mas não conta à esposa.

A bela criança cresce, mas, em sua festa de cinco anos, coisas estranhas começam a acontecer. A babá de Damien (o estreante e assustador Seamus Davey-Fitzpatrick) comete suicídio no meio da festinha, na frente de todos os convidados. Drama? É só o começo. Ao mesmo tempo em que situações bizarras acontecem cada vez mais, o padre Brennan (Pete Postlethwaite) passa a perseguir Robert a fim de alertá-lo em relação à profecia. É quando começa uma verdadeira saga pela Europa. Robert, convencido de que a história que o padre Brennan contou é verdade, após algumas confirmações, une-se ao fotógrafo Keith (David Thewlis) numa jornada em busca das adagas que podem acabar com o anti-Cristo, mesmo ele sendo apenas uma criança. Um fato que agrava a situação é a contratação de uma nova babá. A senhorita Baylock (Mia Farrow) é enviada pelo demônio para proteger o menino. Literalmente.

Nessa verdadeira moda de se produzir refilmagens, A Profecia cai como uma luva. A direção de John Moore é segura, cheia de classe e estilo. O roteiro, escrito por David Seltzer .

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Título Original: The Omen
Gênero: Terror
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português


De Olhos Bem Fechados(Eyes Wide Shut)


Stanley Kubrick passou mais de três anos trabalhando em De Olhos Bem Fechados, que acabou se tornando seu último filme. Foi uma boa forma de se despedir: apesar de não se igualar a algumas de suas obras anteriores, como Laranja Mecânica, este filme é tão repleto de significados e tão aberto a interpretações que é praticamente impossível compreendê-lo totalmente sem assisti-lo mais de uma vez.

A história: o Dr. William Harford e sua esposa Alice já estão casados há nove anos quando, certa noite, após uma festa, ela revela que flertou (mas que não consumou a traição) com um oficial da Marinha. Logo, o Dr. William não consegue tirar de sua cabeça imagens de sua esposa e do oficial mantendo relações e, assim, descobre uma variedade de tentações impressionantes, mas assustadoras, que acabam se apresentando a ele durante suas saídas noturnas. Assim como o personagem de Griffin Dunne em Depois de Horas, de Scorsese, o médico interpretado por Tom Cruise envolve-se em uma série de situações singulares que parecem afastá-lo cada vez mais de sua realidade habitual.

Mas o que realmente leva Bill Harford a empreender esta bizarra `jornada erótica` que o levará de encontro a prostitutas e até mesmo a uma mansão na qual acontece uma assustadora orgia? Esta é a pergunta mais intrigante do filme. Afinal de contas, já que sua esposa não chegou a traí-lo realmente, não seria a reação do médico excessiva demais? Ou seria possível que o fato de Alice ter confessado sua atração por outros homens tenha despertado em seu marido um lado que até mesmo ele desconhecia? Será que, ao imaginar sua esposa com o oficial, ele tenha ficado excitado - sendo que esta excitação se manifestaria através de um impulso de vingança (também através do adultério)? Ou - e esta é a possibilidade que me parece mais plausível e interessante - será que o Dr. William Harford estaria usando a confissão de sua esposa como uma mera desculpa para liberar seus próprios instintos sexuais primários? Seria sua raiva um disfarce para sua frustração por saber que Alice era mais honesta do que ele, já que pelo menos ela conseguia admitir que outras pessoas a atraíam?

Qualquer filme capaz de despertar tantas indagações já vale uma conferida. No entanto, De Olhos Bem Fechados não pára por aí. O filme também nos apresenta uma visão bem particular - e interessante - do casamento e da monogamia. O que pesa mais em nossas atitudes: o fato de sermos uma espécie animal (e, teoricamente, com tendência a manter múltiplos parceiros) ou o de vivermos segundo os modelos estabelecidos pela sociedade (mantendo uma relação única e, quiçá, eterna)? Na festa que acontece logo no início do filme, Bill e Alice flertam com outras pessoas como se ainda fossem solteiros. É claro que Stanley Kubrick, sendo um homem-de-família, não poderia deixar de criticar esta atitude de seus personagens - logo na cena seguinte, o casal se abraça em frente ao espelho enquanto a música ao fundo diz `Eles fizeram uma coisa errada`.

O filme ainda encontra tempo para nos surpreender com uma sub-trama que envolve um misterioso grupo que organiza orgias freqüentadas por membros da mais alta sociedade - todos devidamente ocultos por máscaras. Nesta cena, em particular, o filme destila um tom definitivamente `kubrickiano`, da música aos movimentos de câmera, passando pela envolvente luz de Larry Smith. E mesmo então Stanley Kubrick não nos fornece respostas definitivas: a explicação fornecida ao personagem de Tom Cruise sobre tudo o que acontece ali pode ser pura invenção. Não há como saber - e esta é a intenção de Kubrick.

A galeria de personagens de De Olhos Bem Fechados é uma atração à parte. Todos têm seus momentos no filme, mesmo que apareçam por poucos minutos. A jovem Leelee Sobieski, como a filha do estranho comerciante Milich, é um dos grandes destaques. Apesar de praticamente não falar nada em suas poucas aparições, Sobieski consegue transmitir uma energia que só pode ser comparada àquela emanada por Jodie Foster em Taxi Driver (a comparação é inevitável).

Mas grande parte dos créditos devem mesmo ficar para Tom Cruise: sua atuação neste filme é densa, sofrida. Sua peregrinação em busca do alívio (ou da realização sexual, como queiram) é vivida com extrema sinceridade e entrega. Ao mesmo tempo, é comovente ver sua confusão e sua luta para tentar voltar ao seu cotidiano, enquanto tenta compreender aquilo que, como não poderia deixar de ser, é para ele (em última análise, também um homem-de-família) incompreensível. Não é à toa que ele insiste em se identificar como médico para praticamente todos os demais personagens do filme: aquela é sua identidade e ele a quer de volta.

Infelizmente, Nicole Kidman não consegue igualar o trabalho de Cruise. Na verdade, algumas de suas cenas chegam a ser constrangedoramente ruins, como aquela em que tenta passar a impressão de estar bêbada, logo no início do filme, ou aquela em que tem uma crise de risos enquanto conversa com o marido. Já no final do filme Kidman tem alguns bons momentos, mas é só. Depois de um processo de filmagens que demorou 67 semanas, é justo que esperássemos mais de seu trabalho.

A resolução da história também deixa a desejar, já que Kubrick acaba `mastigando` demais a moral da trama para o espectador. O discurso sobre as diferenças e semelhanças entre `sonhar e realizar` é simplório, não fazendo jus à complexidade de todo o restante do roteiro. Seria interessante se ele tivesse deixado algumas lacunas para que o espectador as preenchesse com uma certa independência.

De Olhos Bem Fechados acaba se revelando, assim, um conto moralista demais - mais até do que seus personagens. Talvez não fosse esta a intenção de Kubrick e isto tenha acontecido em função de seu receio de ser incompreendido. Laranja Mecânica (outro filme deste diretor que poderia ter sua temática comparada à de Eyes Wide Shut) também tinha seus momentos de `preconização da moral` - mas pelo menos Kubrick nos deixava perceber isso sozinhos.

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Título Original: Eyes Wide Shut
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 159 min
Ano de Lançamento: 1999
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 515 mb

sábado, 20 de junho de 2009

O Bebê de Rosemary


É notável quão pouquíssimas obras de terror são dignas de se situarem em uma antologia de prestígio, quão mais raro é um filme desse gênero se elevar a um status de arte. Não por acaso sendo o seu realizador um prosélito diretor polonês que estréia, em sua iminente carreira, em Hollywood, após realizar filmes renomados e premiados pelos europeus.

Dizer que Roman Polanski foi um dos inovadores do gênero não é um exagero, pois O Bebê de Rosemary traz uma maturidade no conteúdo e no tratamento dado a um tipo de filme considerado prolixo, fraco (na época), e desatualizado para sua platéia. É de grande necessidade um deslocamento à década de 60 para averiguarmos o panorama revolucionário que ocorreu no cinema e no mundo. Desde que os chamados turcos do cinema empreenderam o renovo ideológico, estético e produtivo à sétima arte no final dos anos 50 pela consagrada Nouvelle Vague, as nações vizinhas e todo o mundo sentiram a enorme repercussão gerada por esses diretores. Repercussão tal que ecoou pela Polônia e demais países do leste europeu que inovaram seu cinema, obtendo reconhecimento a nível internacional, conquistando, logo, sua posição merecidíssima na História do Cinema.

Considerando este estopim cinematográfico, veremos então a decadência estética e narrativa em que Hollywood se encontrava. Com a mudança ideológica e política que efervescia na conhecida Beat Generation e sua visão de contestação e inconformismo contra os padrões repressores e politicamente (in)corretos dos dirigentes yankes, o público passava a regurgitar toda a produção fílmica da Meca do cinema, por ainda se ater a conceitos que já não se correspondiam à mentalidade de seus contemporâneos. Exatamente por este motivo o público passa a invadir os meios de produção independente para dar luz a seus questionamentos para daí conquistarem a atenção da indústria, por seus altos índices de público.

Doravante os executivos ergueram o olhar à produção européia que irradiava sob os holofotes da mídia internacional. E ninguém menos que Polanski que estreava com trillers de alta dosagem de tensão psicológica (conteudística e esteticamente) que dialogava com a mentalidade desses jovens.

De modo incomum, Polanski, com pouco tempo de câmera, realizaria um conjunto de filmes que o definiria estilística e tematicamente: a trilogia do apartamento. Trilogia essa que aborda o confinamento e transtornos de ordem psíquica e social que representam a época de repressão política. Somando isso às experiências traumáticas que Polanski sofrera desde sua infância até sua maturidade. Seus filmes, portanto, se tornariam um divã de expurgação de seus demônios pessoais.

Não pra menos o diretor é chamado pra realizar uma obra que dá continuidade ao teor de seus primeiros e mais conhecidos filmes: Faca na Água e Repulsa ao Sexo, esse último inicia sua trilogia que se fecha com O Inquilino.

O Bebê de Rosemary narra a história de um casal que se muda para um apartamento em Nova Iorque e passa a se envolver com seus vizinhos, que se tornam indesejavelmente assíduos em suas visitas. Visitas que passarão a ser a causa do transtorno vivido por Rosemary (Mia Farrow). A história se desenvolve a partir do envolvimento de seu marido (John Cassavetes), um fracassado ator, com um casal de idosos que atraem sua atenção desmedida por um obscuro interesse, que envolve Rosemary e sua gravidez. Daí a futura mãe passa a experimentar uma incomum e sofrida gravidez, passando a ser controlada por seus vizinhos vivendo um ostracismo doentio e impositivo. Com a crescente tensão em que Rosemary está inserida, suas fugas e solicitações passam a ser consideradas atitudes de insanidade psicológica por seus conhecidos, o que gera uma certa ambigüidade característica no estilo de Polanski.

A sensação que temos é de experimentarmos um certo conflito entre a alucinação e a realidade. Pelo fato do diretor trabalhar o filme nesta linha tênue que separa o mundo pessoal de Rosemary, ora acreditamos ser real a circunstância do ritual, ora, repentinamente, nos tornamos céticos e julgamos ser um delírio neurótico da personagem, muito embora todos os fatos narrativos nos creditam uma veracidade sobre o casal de feiticeiros.

Mia Farrow trabalha neste filme com uma excelente destreza e habilidade de interpretação que é acentuada por sua frágil e débil aparência, um visual de penúria e resignação terminal. Sem dúvida alguma Polanski destila neste filme o melhor de seus atores, como é saliente a sutileza de invasão interpessoal da parte dos abjetos vizinhos (Ruth Gordon – a idosa vizinha – ganhou um Oscar por esse filme), que sub-repticiamente manipulam a jovem mãe.

Imprescindível de discriminação é o estilo de narração e de expressão peculiares ao diretor. Há um trabalho de movimento de câmera que acaricia todos os componentes de cada enquadramento com um suave e investigativo deslocamento dos pontos de vista, que ora se torna, também, desesperado e tenso olhar subjetivo de Rosemary. A princípio o filme adaptado de um romance que explora a subjetividade de Rosemary transfere para o écran a mesma turbulência psíquica da protagonista.

Há duas seqüências dignas de nota que representam os conflitos e sensações da personagem. Uma delas joga com a articulação espaço-temporal quando Rosemary se encontra deitada e os elementos em cena denotam a raiz conflituosa de formação católica que revelam ao espectador um traço importante da personalidade da protagonista. Noutra seqüência – senão a principal – Polanski desarticula genialmente todo o referencial de espaço ocupado por Rosemary, um espaço sensorial e alegórico que beira o psicodelismo onírico e a representação das ocorrências (ritual satânico) ao seu redor. O cineasta traz ao relevo todo o material essencial do texto narrativo através das possibilidades da montagem justapondo imagens que não se correspondem espacialmente, mas que se inter-relacionam pelos elementos associativos encontrados na história.

É por demais instigante o fato de que o diretor usou um grupo satanista para fazer a cena ritualística citada acima, cujas canções rituais entoadas durante a sessão estão presentes na seqüência, o que causa mais incômodo ao assistir este momento no filme. Principalmente por saber que Polanski perdera sua esposa, a atriz Sharon Tate, em um macabro assassinato num ritual de uma seita satânica liderada por Charles Mason após ter terminado o presente filme.

Apesar dos pesares Roman Polanski realiza, sem dúvidas, uma grande obra clássica de terror, com uma qualidade temática e artística sem precedentes feita numa decadente indústria que outrora produzira obras de valor inestimável. É um filme que não deve deixar de ser assistido, para que daí possa se conhecer outras magníficas obras típicas desse gênio atormentado da sétima arte.

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Título Original: Rosemary´s Baby
Gênero: Terror
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português