Dirigido por Steven Soderbergh. Com: Benicio Del Toro, Rodrigo Santoro, Benjamin Bratt, Franka Potente, Lou Diamond Phillips, Kahlil Mendez, Julia Ordmond, Catalina Sandino Moreno, Édgar Ramírez, Demián Bichir.
Todo carnaval tem seu fim. Che Guevara é como um bom jogador de futebol, que tem o auge, mas depois vai caindo de produção e sendo esquecido por causa da idade. As restrições do tempo, no caso do revolucionário, podem ser traduzidas na arrogância de acreditar que todos os países da América Latina teriam força o suficiente para buscarem suas próprias liberdades.
Épicos costumam ser heróicos, mas, em “A Guerrilha”, seu protagonista enfrenta todas as adversidades possíveis, se tornando até um vilão. Soderbergh prefere eclipsar o êxito em Cuba, quando Che até foi ministro, passando diretamente para a saga na Bolívia, país onde morrerá o argentino asmático.
Cuba sofreu um golpe de Estado e todos os países estão em alerta. Ernesto Guevara está desaparecido, quando, num dos poucos países sul-americanos que não têm fronteira com o mar, resolve iniciar uma nova revolução. A teoria do raio não cair duas vezes no mesmo lugar parece estar mais que verdadeira. Os bolivianos, habitantes de pequenos povoados, não estão muito dispostos a lutar contra o governo. Sentem-se invadidos pela propaganda dos guerrilheiros. Por outro lado, falta comunicação e o governo do país-alvo, neste caso, está muito atento aos movimentos dos inimigos, chantageando inocentes e possíveis futuros revolucionários. O movimento libertador praticamente nasceu morto.
O protagonista já esperava dificuldades. Uma diferença deste para o outro filme, bem clara, é a abolição de exigências para o recrutamento: faz-se vista grossa a menores de idade e analfabetos. Esse último grupo é quase obrigado a aprender o que não sabe, mas a estratégia confusa dos líderes, na luta armada, parece se alastrar a outros setores. Qualquer decisão de Che era cada vez menos obedecida; seus seguidores perdiam a vontade de seguir com o plano.
Obviamente, a trilha sonora é incômoda e a fotografia, diluída. A nova narrativa é entediante e até repetitiva – são dois elementos que reforçam o andamento da missão, mas prejudicam o andamento do filme. O momento de captura do personagem-chave demora muito a acontecer e, de fato, o único plano inspirado de Soderbergh é o que retrata a morte de Che.
Bem intencionado, mas não tão bem executado, “A Guerrilha” é para ser visto num bom espaço de tempo entre “O Argentino” (nos cinemas brasileiros, é o que deve acontecer), com o relógio no pulso, contando os minutos, e sem grandes expectativas. Guevara, que botava fé e trabalhava pela humanidade (os mais humildes, principalmente), foi traído por eles e morreu muito além onde Judas perdeu as botas. A cena do encontro com os irmãos Castro é repetida no final, afirmando, implicitamente, que se devem analisar certas escolhas, antes de serem feitas. Escolhas que podem levar um sujeito ao céu, e depois, sem volta, ao inferno.
Trailer do Filme
Download do Filme
Tamanho: 425MB
Gênero: Drama
Formato: RMVB
Qualidade: DVDRip
Audio: Espanhol
Legenda: Português
Ano de Lançamento: 2008
Todo carnaval tem seu fim. Che Guevara é como um bom jogador de futebol, que tem o auge, mas depois vai caindo de produção e sendo esquecido por causa da idade. As restrições do tempo, no caso do revolucionário, podem ser traduzidas na arrogância de acreditar que todos os países da América Latina teriam força o suficiente para buscarem suas próprias liberdades.
Épicos costumam ser heróicos, mas, em “A Guerrilha”, seu protagonista enfrenta todas as adversidades possíveis, se tornando até um vilão. Soderbergh prefere eclipsar o êxito em Cuba, quando Che até foi ministro, passando diretamente para a saga na Bolívia, país onde morrerá o argentino asmático.
Cuba sofreu um golpe de Estado e todos os países estão em alerta. Ernesto Guevara está desaparecido, quando, num dos poucos países sul-americanos que não têm fronteira com o mar, resolve iniciar uma nova revolução. A teoria do raio não cair duas vezes no mesmo lugar parece estar mais que verdadeira. Os bolivianos, habitantes de pequenos povoados, não estão muito dispostos a lutar contra o governo. Sentem-se invadidos pela propaganda dos guerrilheiros. Por outro lado, falta comunicação e o governo do país-alvo, neste caso, está muito atento aos movimentos dos inimigos, chantageando inocentes e possíveis futuros revolucionários. O movimento libertador praticamente nasceu morto.
O protagonista já esperava dificuldades. Uma diferença deste para o outro filme, bem clara, é a abolição de exigências para o recrutamento: faz-se vista grossa a menores de idade e analfabetos. Esse último grupo é quase obrigado a aprender o que não sabe, mas a estratégia confusa dos líderes, na luta armada, parece se alastrar a outros setores. Qualquer decisão de Che era cada vez menos obedecida; seus seguidores perdiam a vontade de seguir com o plano.
Obviamente, a trilha sonora é incômoda e a fotografia, diluída. A nova narrativa é entediante e até repetitiva – são dois elementos que reforçam o andamento da missão, mas prejudicam o andamento do filme. O momento de captura do personagem-chave demora muito a acontecer e, de fato, o único plano inspirado de Soderbergh é o que retrata a morte de Che.
Bem intencionado, mas não tão bem executado, “A Guerrilha” é para ser visto num bom espaço de tempo entre “O Argentino” (nos cinemas brasileiros, é o que deve acontecer), com o relógio no pulso, contando os minutos, e sem grandes expectativas. Guevara, que botava fé e trabalhava pela humanidade (os mais humildes, principalmente), foi traído por eles e morreu muito além onde Judas perdeu as botas. A cena do encontro com os irmãos Castro é repetida no final, afirmando, implicitamente, que se devem analisar certas escolhas, antes de serem feitas. Escolhas que podem levar um sujeito ao céu, e depois, sem volta, ao inferno.
Trailer do Filme
Download do Filme
Tamanho: 425MB
Gênero: Drama
Formato: RMVB
Qualidade: DVDRip
Audio: Espanhol
Legenda: Português
Ano de Lançamento: 2008
Nenhum comentário:
Postar um comentário