quinta-feira, 11 de junho de 2009

Hot Rod, Loucos Sobre Rodas


Não é de se estranhar, inicialmente, que todo esse projeto, antes de virar essa bobeira agradável protagonizada por um divertido Andy Samberg antes pertencia completamente à Will Ferrell, que juntaria essa fita com seus outros experimentos com esporte, vide “Papai Bate um Bolão”, “Ricky Bobby – A Toda Velocidade”, “Escorregando para a Glória” e o ainda inédito “Os Aloprados”. Ferrell é nato para este típo de humor. Porém, é inegável assistir à esse “Hot Rod” e imaginar algum idiota que não seja Samberg no papel do protagonista, esbanjando imaturidade, maluquice, babaquice e muita infantilidade. O filme é, a todo momento, essa bobeira toda. Desde sua trama formuláica até suas ocasionais piadas bestas e humor em vezes forçado, é tolo. Mas, de certa forma, faz uma grande diferença o que Akiva Schaffer (em seu primeiro filme) fez ao trazer alguma espécie de inspiração e tom original ao filme, ainda que este caía incansávelmente no descartável e no bobo.

É como “Superbad – É Hoje”, ainda que bem inferior em direção e principalmente em roteiro. É sobre uma juventude desmiolada, tola e cheia de situações vergonhosas. Mas, o que faz a experiência de se assistir essa juventude tão divertida é a forma com que as situações são traçadas. Não com exagero (ainda que “Hot Rod” caia nessa armadilha de vez em quando) e tolice simplificada, mas com um certo “que” de atitude e um ar pomposo de estilo. A começar pela trilha sonora genial que, diversamente, ajuda a moldar cenas extremamente hilárias. Notem na cena onde toca “Two of Hearts”, impagável. É sincronia visual, sonora, com espírito cinemático e humor bem intencionado. O problema do filme é mesmo trair essas tais boas intenções com um humor que diversamente soa completamente forçado, quase superficial. Os acertos, graciosamente, existem. Mas é incontestável que a imaturidade infelizmente toma conta não só dos personagens, mas do próprio roteiro sem limites.

É válido, por isso, tentar buscar o prazer e o entretenimento nos elementos básicos mais naturais de “Hot Rod”. O filme é besta, mas consegue ser engraçado quando se nota algum esforço no humor. Exemplo da cena que faz graça de “Footloose”, com Rod dançando na floresta em uma imitação engraçadíssima do que Kevin Bacon havia feito há mais de 20 anos. São nesses momentos que vemos que existe alguma validez no filme todo e que sua forçada da barra exagerada pode ser perdodada quando se é analisado o quanto o filme não só atinge seu público alvo gratificantemente, mas consegue construir personagens em cima de esteriótipos e ainda assim os tornarem interessantes, de uma forma bizarramente unidimensional, claro. E nisso nota-se o elenco bem escolhido e sincronizado, químicamente ativos e confortáveis em seus respectivos papéis. Samberg é um que abusa, mas nunca trai o espírito do personagem. E ainda faz um par divertido com a sempre memorável Isla Fisher.

O filme é recheado de ótimos diálogos, momentos inspirados, personagens queridos e aspectos visuais/sonoros gratificantes. Aspectos virtuosos que compensam quase que completamente a trama extremamente batida, algumas situações horrívelmente bobas e todo aquele descomforto depois de uma piada simplesmente sem graça mal direcionada. “Hot Rod” é bobo. Mas, ele assume seu estado de ser, com plena sabedoria de sua tolice. E, por não esconder pretensões maiores, funciona como um divertimento passageiro quase como um prazer de culpa. Tente entrar no espírito, se conectar com os personagens e vai na onda ininterruptamente babaca deles. Às vezes faz bem esquecer dos problemas e ver a vida como uma simples rampa que deve ser ultrapassada ou sonhar com lutas entre sanduiches de queijo com tacos. Não tente entender, apenas veja o filme.

Trailer do Filme

Download do Filme

Nome Original: Hot Rod
Lançamento: 2007
Gênero: Ação
Formato: RMVB
Duração: 88 minutos
Tamanho: 422 Mb
Áudio: Filme Legendado
Qualidade: DVD

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