terça-feira, 12 de maio de 2009

2001: Uma Odisseia no Espaço


Em 1968 o mundo considerava Stanley Kubrick o maior gênio em atividade no cinema. A ansiedade em torno do seu novo filme era imensa. Fãs e críticos esperavam excitados pelo lançamento de "2001 - Uma Odisséia no Espaço". Mas o filme não foi tão bem recebido, tendo uma recepção absurdamente negativa. Foram necessários meses para uma análise mais concreta e sensata. Ainda assim, "2001" continuou não sendo aquilo que muitos esperavam. Hoje, 40 anos depois, pode-se afirmar que o tempo foi o melhor remédio para mais uma obra-prima do mestre Kubrick.

Talvez seja fácil explicar o motivo de tamanho desgosto por parte da platéia. "2001" demora 20 minutos para apresentar o primeiro diálogo humano e, da mesma forma, termina com 25 minutos sem registrar nenhuma fala entre seus personagens, somente a música erudita de Strauss ecoando ao fundo. É evidente que um filme assim desrespeita várias regras cinematográficas, posto isso, não é estranho que a as platéias rejeitem o longa-metragem - e bota longa nisso, afinal, são 148 minutos de puro e silencioso vigor de Kubrick, isso que ele cortou 17 minutos na pós-edição).

Em 2001, em uma missão espacial rumo ao planeta Júpiter, os astronautas Dave Bownam e Frank Poole se vêem à mercê do computador HAL 9000, que controla a nave. HAL cometeu um erro, mas recusa-se a admiti-lo. Seu orgulho de máquina perfeita impede que aceite a evidência da falha. Por isso, para encobrir a própria e insuspeitada imperfeição, começa a eliminar os membros da equipe. Essa premissa é uma das mais simplistas e econômicas que o cinema já fez. Mas até aonde as questões levantadas por Kubrick querem chegar é a coisa mais incrível que eu já vi. Roteiro, elenco, direção, edição, fotografia, trilha sonora, etc. Tudo é perfeito em "2001 - Uma Odisséia no Espaço".

Todos ficcionistas que vieram depois de "2001" devem tributo a Stanley Kubrick. “Guerra nas Estrelas” de Lucas é um deles, juntamente com as histórias fantásticas de Spielberg em "Contatos Imediatos" e "E.T." "2001" é o projeto mais ambicioso da história, e só mesmo um dos maiores gênios poderia tê-lo feito. Filosoficamente impecável, o filme consegue, com a mesma eficácia que os grandes filósofos (leia-se Platão, Schoppenhauer, Nietzsche, Freud), lançar diversas questões sobre a humanidade. Certa vez, o co-roteirista Arthur C. Clarke afirmou que o objetivo dele e de Kubrick, ao fazer “2001”, era obrigar a platéia a refletir sobre o maior número possível de perguntas. “Se alguém conseguir responder a todas, isso significa que fracassamos”, disse. Nunca ouvi afirmação tão sensata, e ele estava certo. Realmente, o número de questões levantadas por "2001" é descomunal. Fico satisfeito por ter conseguido responder 30 % delas. Se você conseguiu responder a todas, então amigo(a), você é o novo gênio da humanidade.

Enfim, posto isso, chego a fatídica conclusão de que "2001" não é um filme para qualquer um. Exigir que o público médio absorva positivamente "2001" é a mesma coisa que exigir que um garoto pré-adolescente compreenda Shakespeare.

Trailer do Filme


Download do Filme - parte 1

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Título Original: 2001: A Space Odissey
Gênero: Ficção Científica
Tempo de Duração: 149 min
Ano de Lançamento: 1968
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 470 mb

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