quinta-feira, 21 de maio de 2009

O Exorcista


Não só pelo fato de ter sido o único filme de terror com indicação ao Oscar de melhor filme na história da premiação, mas também por representar todos os estilos e abordagens que o gênero permite, O Exorcista, obra-prima de William Friedkin, é até um hoje um exemplo imbatível de como filmar o horror de maneira realmente assustadora e convincente. A rigor, o gênero mudaria definitivamente seus paradigmas e concepções após o lançamento deste clássico. Regan (Linda Blair) é uma menina misteriosamente possuída por uma força maligna, que a faz levitar e rodar a cabeça, entre outros terríveis fenômenos. Em pânico, sua mãe chama um padre para exorcizá-la, mas mesmo ele tem dúvidas se o fenômeno pode ser atribuído ao demônio.

Não demora muito para Friedkin fisgar o público, pois a maneira com que o diretor conduz a narrativa no primeiro ato deixa o espectador com os nervos em frangalhos (e a tensão aumenta gradativamente durante todo o filme). Antes disso, porém, o diretor pede um pouquinho de paciência para sua platéia, que precisa aborver a primeira sequência do filme com atenção. A partir daqui, estamos prestes a presenciar um dos filmes mais assustadores da história do cinema, onde há espaço para todas as técnicas do vocabulário cinematográfico mostrar a sua grandeza e importância.

Do som à edição, passando pelos maravilhosos e delirantes planos americanos e médios utilizados em abundância pelos diretores de fotografia Billy Williams e Owen Roizman, chegando na direção talentosa e competente de William Friedkin. Funciona tudo como manda o figurino (este também impecável, com o perdão da redundância), mas o grande destaque de O Exorcista é a sua protagonista, sua personagem, leia-se Linda Blair - atriz que dedicou toda a carreira para o gênero, mas nunca mais acertou novamente. A composição de Regan pela até então jovem atriz é nunca menos que impecável, tornando sua criação absolutamente perturbadora, cumprindo seu papel com sobra. Ainda no elenco, destaca-se Max von Sydow (ator preferido de Ingmar Bergman), elegante e eficiente como sempre.

Aqui também temos um belo exemplo de terror psicológico e sanguilonento, pois Friedkin cria uma atmosfera com todos estes requintes e recursos à perfeição. A criação do terreno onde a ação dramática será centrada é desfiada pelo diretor com maestria, é como imaginar Beethoven compondo a 9° Sinfonia. O diretor focaliza sua narrativa e nunca mais perde o controle dela, mantendo o espectador de olhos esbugalhados até o fim daquele exorcismo literal. É lúgubre, enfim, além de delirante e eficiente. Aqui temos as sequências mais assustadoras (e inesquecíveis) da história do gênero, takes até hoje reverenciados por cinéfilos, nerds, fans, góticos e outros cineastas. Dá para se dizer, sem medo de errar, que O Exorcista revolucionou o gênero e segue até hoje como exemplar a ser batido.

O roteiro de William Peter Blatty (autor também do livro) que cuida com perícia dos personagens é outra peça fundamental. Na verdade, a aura de mistério do argumento do escritor funciona incansavelmente, quase nunca deixando o espectador sequer piscar. Sem susto fácil, não foi assim que o roteirista planejou. É através da cultura moral que Blatty aterroriza a plateia, fazendo com que diálogos ofensivos confrontem a moral e a indignação de cada um (personagens e espectadores) dos presentes. Foi um terror instantâneo quando foi lançado e é considerado até hoje o clássico do gênero a ser superado. Permanecerá nesta posição para sempre, porque o que foi feito por Friedkin, Blatty e sua equipe nunca será esquecido.

Trailer do Filme

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Título Original: The Exorcist
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 123 min
Ano de Lançamento: 1973
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 440 mb

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