Casas assombradas por um passado negro é algo que parece não ter fim para os criadores de filmes de horror. E uma importante motivo para isso é que nós, fãs, nunca nos cansamos. Mas e se o esse conceito fosse transportado para um trecho de uma estrada? Nada extremamente revolucionário, porém um sopro de ar novo para o gênero. E até certo ponto, parece mesmo que "Estrada Maldita" é um filme de horror diferente, mas que acaba se deixando levar pelas convenções do gênero, para no final das contas terminar como um filme de terror bom, porém bem desgastado.
Um jovem universitária decide voltar de ônibus para a casa de seus pais para o Natal, quando descobre um comunicado no mural da universidade oferecendo carona para a sua cidade. Seu caronista é um outro estudante de sua turma, que por acaso ela não se lembra nunca de tê-lo visto. Logo, a garota percebe que o garoto já andou observando-a durante tempos e tempos, o que a deixa extremamente perturbada e preocupada. Em meio à pesada neve da estrada solitária, o jovem decide pegar um atalho pela estrada 606 (que eu podia jurar que uma hora ou outra ia se revelar como "estrada 666", mas felizmente não aconteceu), o carro sofre um acidente ao tentar desviar de um outro e fica sem sinal algum de que irá voltar a funcionar. Enquanto o atrito entre os dois aumenta a cada instante, a dupla logo perceberá que estão em verdadeiros apuros quando começam a observar estranhas figuras andando pela neve, sem ao menos atenderem aos intensos pedidos de ajuda dos dois. Sem ter para onde ir ou mesmo para quem pedir ajuda, eles terão que superar suas desavenças, quaisquer que sejam, para poder sobreviver à essa fria e assustadora madrugada.
"Estrada Maldita" é um exemplar muito comum em filmes de horror; aquele tipo que anda, anda, anda e não só parece não chegar a lugar algum nunca, mas parece ficar andando sempre em círculos. Toda a ação do filme passa em uma madrugada e em sua maioria, dentro do carro em que o casal principal viaja, o que já não é muito interessante do ponto de vista narrativo, já que trata-se de um período curto de tempo e uma grande restrição de ambiente. Para piorar a situação de "Estrada Maldita", pelo menos aqui nas locadoras brasileiras, há não muito tempo atrás aterrisou por aqui "Encontro com a Morte" (Penny Dreadful), com um tema bastante semelhante, ambientando quase toda a ação dentro de um carro batido no meio de uma pesada neve numa estrada, com a leve diferença de que a protagonista tinha fobia de andar de carro e que o assassino era real. Aqui, o terror é sobrentural, mas os resultados obtidos pela produção são praticamente os mesmos do anterior: filmes bons, porém distantes de virar clássicos ou então assustar de verdade. Os sustos estão lá e são propriamente dados, mas tratam-se de breves momentos de descuido por parte de quem o está assistindo. Inclusive, a atmosfera sombria e assustadora criada pela direção de Gregory Jacobs em seu apenas segundo filme, é completamente desperdiçada pelo roteiro narcisista de Joe Gangemi e Steven Katz, que parecem querer mostrar-se uma dupla de gênios, com reviravoltas, flashbacks e descobertas inesperadas (algumas nem tanto) quando na verdade só mesmo confundem a cabeça do espectador com muitas seqüências desnecessárias e resoluções não tão críveis. Me preocupa aliás o fato de Gangemi ser também o roteirista responsável pela refilmagem de "Espelho" (Geoul Sokeuro), que já é em si uma confusão enorme.
Em filmes desse tipo, em que são utilizados poucos ambientes e um curto período de tempo, são geralmente os atores os responsáveis pela maioria do entretenimento que podermos tirar dele, e é realmente o ponto mais forte da produção, que conta com dois jovens em ascensão em Hollywood, apesar de acreditar que esse filme não os ajudará muito a decolar. Ashton Holmes faz um trabalho decente como o misterioso caronista, mas não chega aos pés ao furacão chamado Emily Blunt, que vem despontando no cinema e na televisão como uma atriz talentosíssima. Londrina e de apenas 24 anos, a atriz já ganhou o Globo de Ouro esse ano por seu papel em uma mini-série, além de ter sido indicada a Melhor Atriz Coadjuvante por "O Diabo Veste Prada" (The Devil Wears Prada). Com uma atuação sincera e verdadeiramente assustada, Blunt poderia ser uma aspirante a "scream queen", caso essa fosse mesmo a sua intenção. Como pelas suas futuras escolhas, parece que a atriz não tem intenção alguma de seguir com o gênero, "Estrada Maldita" pode ser considerada uma pérola nesse sentido. Blunt é carismática mesmo quando é uma estúpida na maior parte do tempo, e seu medo parece bastante genuíno, algo raro de se ver em filmes nos dias de hoje.
Precendo muito mais longo do que sua verdadeira uma hora e meia de duração, "Estrada Maldita" se enrola demais para contar uma história muito mais simples do que parece, o que obviamente prejudica o resultado final, o que torna uma grande pena para os fãs de horror, por se tratar de uma grande performance de uma atriz que talvez nunca retorne ao gênero.
Um jovem universitária decide voltar de ônibus para a casa de seus pais para o Natal, quando descobre um comunicado no mural da universidade oferecendo carona para a sua cidade. Seu caronista é um outro estudante de sua turma, que por acaso ela não se lembra nunca de tê-lo visto. Logo, a garota percebe que o garoto já andou observando-a durante tempos e tempos, o que a deixa extremamente perturbada e preocupada. Em meio à pesada neve da estrada solitária, o jovem decide pegar um atalho pela estrada 606 (que eu podia jurar que uma hora ou outra ia se revelar como "estrada 666", mas felizmente não aconteceu), o carro sofre um acidente ao tentar desviar de um outro e fica sem sinal algum de que irá voltar a funcionar. Enquanto o atrito entre os dois aumenta a cada instante, a dupla logo perceberá que estão em verdadeiros apuros quando começam a observar estranhas figuras andando pela neve, sem ao menos atenderem aos intensos pedidos de ajuda dos dois. Sem ter para onde ir ou mesmo para quem pedir ajuda, eles terão que superar suas desavenças, quaisquer que sejam, para poder sobreviver à essa fria e assustadora madrugada.
"Estrada Maldita" é um exemplar muito comum em filmes de horror; aquele tipo que anda, anda, anda e não só parece não chegar a lugar algum nunca, mas parece ficar andando sempre em círculos. Toda a ação do filme passa em uma madrugada e em sua maioria, dentro do carro em que o casal principal viaja, o que já não é muito interessante do ponto de vista narrativo, já que trata-se de um período curto de tempo e uma grande restrição de ambiente. Para piorar a situação de "Estrada Maldita", pelo menos aqui nas locadoras brasileiras, há não muito tempo atrás aterrisou por aqui "Encontro com a Morte" (Penny Dreadful), com um tema bastante semelhante, ambientando quase toda a ação dentro de um carro batido no meio de uma pesada neve numa estrada, com a leve diferença de que a protagonista tinha fobia de andar de carro e que o assassino era real. Aqui, o terror é sobrentural, mas os resultados obtidos pela produção são praticamente os mesmos do anterior: filmes bons, porém distantes de virar clássicos ou então assustar de verdade. Os sustos estão lá e são propriamente dados, mas tratam-se de breves momentos de descuido por parte de quem o está assistindo. Inclusive, a atmosfera sombria e assustadora criada pela direção de Gregory Jacobs em seu apenas segundo filme, é completamente desperdiçada pelo roteiro narcisista de Joe Gangemi e Steven Katz, que parecem querer mostrar-se uma dupla de gênios, com reviravoltas, flashbacks e descobertas inesperadas (algumas nem tanto) quando na verdade só mesmo confundem a cabeça do espectador com muitas seqüências desnecessárias e resoluções não tão críveis. Me preocupa aliás o fato de Gangemi ser também o roteirista responsável pela refilmagem de "Espelho" (Geoul Sokeuro), que já é em si uma confusão enorme.
Em filmes desse tipo, em que são utilizados poucos ambientes e um curto período de tempo, são geralmente os atores os responsáveis pela maioria do entretenimento que podermos tirar dele, e é realmente o ponto mais forte da produção, que conta com dois jovens em ascensão em Hollywood, apesar de acreditar que esse filme não os ajudará muito a decolar. Ashton Holmes faz um trabalho decente como o misterioso caronista, mas não chega aos pés ao furacão chamado Emily Blunt, que vem despontando no cinema e na televisão como uma atriz talentosíssima. Londrina e de apenas 24 anos, a atriz já ganhou o Globo de Ouro esse ano por seu papel em uma mini-série, além de ter sido indicada a Melhor Atriz Coadjuvante por "O Diabo Veste Prada" (The Devil Wears Prada). Com uma atuação sincera e verdadeiramente assustada, Blunt poderia ser uma aspirante a "scream queen", caso essa fosse mesmo a sua intenção. Como pelas suas futuras escolhas, parece que a atriz não tem intenção alguma de seguir com o gênero, "Estrada Maldita" pode ser considerada uma pérola nesse sentido. Blunt é carismática mesmo quando é uma estúpida na maior parte do tempo, e seu medo parece bastante genuíno, algo raro de se ver em filmes nos dias de hoje.
Precendo muito mais longo do que sua verdadeira uma hora e meia de duração, "Estrada Maldita" se enrola demais para contar uma história muito mais simples do que parece, o que obviamente prejudica o resultado final, o que torna uma grande pena para os fãs de horror, por se tratar de uma grande performance de uma atriz que talvez nunca retorne ao gênero.
Trailer do Filme
Download do Filme
Título Original: Wind Chill
Gênero: Terror
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Esse é bem ruinzinho. rs
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